terça-feira, 22 de março de 2011

NO JORNAL DE FATO

Educação realiza parada de advertência
A segunda-feira, 21, foi mais um dia de escolas fechadas na rede municipal de ensino de Upanema. Professores e servidores da educação municipal realizaram uma parada de advertência para denunciar mais uma vez a ausência de reajuste salarial para a categoria.

Os trabalhadores trocaram as escolas e salas de aula pelas ruas, onde realizaram uma caminhada saindo da sede do Sindicato dos Servidores Públicos de Upanema (SINDSERPUP) até o mercado público.

O ato contou com o apoio de alunos, pais de alunos, seis dos nove vereadores do município (Neném do Cabano, Shirley Targino, Elzimar Carvalho, Anízio Junior, Nonato Garcia e Gineton Costa), além de servidores públicos de outras áreas.

A presidenta do Sindserpup, Rosemary Sobral, justificou que a parada é uma forma de denunciar a falta de reajuste salarial para professores e servidores da educação há quase três anos. "Além disso, a prefeita (Maristela Freire) não paga o piso nacional para professores com ensino superior", denunciou.

Segundo Rosemary, além de não reajustar os salários, a gestão de Maristela Freire está retirando direitos dos servidores públicos. "Entre as perdas, está a retirada dos títulos, a desconsideração do qüinqüênio e o não-cumprimento da lei do piso nacional", elencou a sindicalista, acrescentando que servidores de outras pastas, como motoristas, guardas e auxiliares de enfermagem, também estão sofrendo com a desvalorização profissional.

A dona de casa Antônia Cláudia também participou do ato. Motivo: ela tem uma filha estudando na Escola Municipal Maria Gorete e tem escutado com freqüência reclamações sobre as condições de estudo. "A escola tem vários problemas que estão interferindo no desempenho da minha filha", reclamou.

A crise também atinge as escolas da zona rural. Estudante da Escola Municipal Vicente de Paula Rocha, Juliana da Silva denunciou que na escola faltam carteiras, a merenda não é boa e o transporte escolar anda sempre lotado.

Rosemary disse que agora espera uma posição de Maristela Freire até o final de semana. Caso as negociações não avancem, novos atos serão realizados.

O Sindserpup já programou uma parada de 48 horas para o início da próxima semana. "Se a prefeita não der uma resposta, vamos fazer uma paralisação na segunda e terça-feira", advertiu, acrescentando que mais um ato público será realizado na segunda-feira e na terça-feira serão feitas visitas à zona rural.

2 comentários:

Anônimo disse...

SHIRLEY COSTA E NÃO TARGINO.........

Anônimo disse...

Cidades
Edição de quarta-feira, 23 de março de 2011
Sala de aula desaba sobre crianças em São Tomé Professora evitou que alunos fossem feridos de maneira mais grave
Paulo de Sousa // jpaulosousa.rn@dabr.com.br

O terror de ver as paredes e o teto da sala de aula desabarem sobre si vai ficar marcado na memória e mesmo no corpo de dez crianças que estudam no 4º ano "A" da Escola Municipal Euzébio Fernandes Bezerra, em São Tomé, a 100km de Natal. Por volta das 9h de ontem, a estrutura da sala cedeu, caindo sobre os estudantes e a professora, Maria de Jesus. Apesar disso, o acidente poderia ter sido mais grave, já que a docente chegou a apoiar uma parede sobre suas costas para que ela não ferisse gravemente seus alunos.


Um grupo de 29 alunos, com faixa etária entre 8 e 11 anos, estava no lugar no momento em que paredes caíram Foto:Paulo de Sousa/DN/D.A Press
Todas as vítimas tiveram apenas ferimentos leves. A prefeitura pediu ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio Grande do Norte (Crea/RN) que fizesse uma vistoria no local para avaliar as causas e a responsabilidades pelo acidente. O prédio foi completamente interditado pelo Corpo de Bombeiros.

Dentro da sala estavam 29 crianças, entre oito a 11 anos, além da professora. Ao lado, uma nova sala de aula estava sendo construída. Em uma outrasala vizinha, o pedreiro José Cosme da Silva Filho instalava, juntamente com outro colega, uma grade na janela lateral. Ele diz ter tomado um grande susto quando ouviu as paredes ruirem. "Ao ouvirmos o estrondo, nos desesperamos. Tentamos entrar pela porta da sala, mas não deu. Então demos a volta, pelo lado que desabou e ajudamos a retirar as crianças da sala".

Segundo o pedreiro, a tragédia não foi pior porque a professora segurou, com as costas, parte da parede que estava para cair. As paredes do quadro negro e da lateral também cederam e, com elas, parte do teto apoiado sobre essas estruturas.

Ao todo, dez crianças se feriram com o acidente. Todas foram levadas para o pronto-socorro local, com ajuda de populares e familiares. Quatro delas, juntamente com a professora, precisaram ser transferidas para o hospital da cidade vizinha, São Paulo do Potengi, para serem submetidas a exames de raio-x. Nenhuma delas sofreu qualquer fratura e, depois dos atendimentos médicos, foram liberadas. Já a professora Mariade Jesus ficou sob observação, pois também ficou abalada emocionalmente com o ocorrido.

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