JOTTA PAIVA
Da RedaçãoOs professores da rede estadual de ensino mantiveram a palavra e paralisaram ontem as atividades em todo o Estado. A decisão foi tirada ontem em assembleia realizada no auditório do Serviço Social da Indústria (SESI) com participação de toda a regional.
A discussão foi comandada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (SINTE), regional de Mossoró, que engloba também os municípios de Grossos, Tibau, Serra do Mel, Upanema, Caraúbas, Janduís, Governador Dix-sept Rosado e Baraúna.
O coordenador estadual do Sinte, Josué Damasceno, avisou que nesta semana será discutida a programação. Ontem em Natal foi decidido que a paralisação ocorrerá em nível estadual. Em Assu, a assembleia foi realizada ainda na sexta-feira, 27, já com decisão de paralisar na segunda.
A interpretação da lei do piso nacional é o fato responsável pelo conflito entre governo e professores. O Estado quer pagar o salário de forma proporcional, uma vez que no Rio Grande do Norte a carga horária é de 30 horas semanais. Já os servidores interpretam que a lei sugere 40h semanais, mas respeita os Planos de Carreira, já existentes nos estados.
Outro motivo é que o governo só quer pagar dois terços do reajuste. Dessa forma, no entendimento dos sindicalistas, na contabilização final o aumento real é de R$ 30,00 em algumas situações, sendo que noutros casos o professor não receberia nenhuma diferença. Os mais prejudicados são os profissionais de nível superior.
O Sindicato alega ainda que os professores estão tendo perdas na promoção horizontal. “Tem professor que está chegando ao tempo máximo de serviço ainda na letra “C”, quando deveria está na “J”, o que representa uma perda de 35%.”, reclama José Damasceno. Segundo ele, as promoções horizontais também não são cumpridas como reza o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração. “Tem professor com mestrado que vai ganhar como graduado”, finaliza Damasceno.
FERNANDO MINEIROO deputado Fernando Mineiro está acompanhando as negociações, inclusive a última audiência realizada na sexta-feira, 27, entre o Sindicato e o secretário de Educação do Estado, Ruy Pereira. “Espero que o Estado ceda às reivindicações dos professores, já que o plano foi realizado já no governo Wilma de Faria”, disse Mineiro.
Fonte: Jornal de Fato
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