sábado, 12 de maio de 2007

PROJETO DE PRODUÇÃO DE MAMONA PRATICAMENTE ACABOU NO PALHEIROS III

Conversando com o agricultor Diego André, do Assentamento Palheiros III, descubro uma informação que achei muito interessante, visto que, eu não sabia. Segundo ele me informou, o projeto de produção de mamona no Assentamento Palheiros III, que tanto foi incentivado pela Petrobrás e pelo Governo Federal, está praticamente abandonado!Acabou!
Perguntado sobre os motivos que levaram a isso, ele me disse que foi falta de maiores incentivos por parte da Petrobrás, sendo um dos principais motivos o fato de a empresa não ter se interessado em comprar mais a produção de mamona.
Lembro-me que a Petrobrás fez um marketing enorme em cima desse projeto, inclusive o presidente Lula quase veio ao Palheiros III na inauguração do projeto, tendo falado direto de Brasília por meio de um telão.
Será que um investimento tão grande vai desaparecer? Quais os motivos reais?

6 comentários:

Anônimo disse...

Caro Silva Jr., o motivo para a quase desativação do projeto em questão é simples, inclusive já antecipado na época da implantação do projeto por um comentário neste blog. A tentativa de implantação do projeto era somente uma forma de "compessar" a não concretização de outros projetos de grande importância econômica para o estado, como a refinaria que foi prá o Pernambuco.
Antonio Onildo

Anônimo disse...

É Lula e Vilma a parelha certa para o atraso. Ninguém viu igual.

Anônimo disse...

Pense em um casal que deu certo para o atraso do nosso Estado.Esse foi um voto bem casado para tristeza de nosso Estado.

Anônimo disse...

Caro Silva e demais Leitores/as

O trabalho de assessoria técnica no PA Palheiros III é realizado pela Cooperativa Terra Livre a partir de um contrato de Assessoria Técnica Permanate firmado com o Projeto Dom Hélder. Caso queiram alguma informação sobre o trabalho desenvolvido nesta área, tenho certeza que as duas entidades teram o maior prazer em fornecer.

Como técnico do Projeto Dom Hélder, eu tenho o prazer de vos informar que o cultivo da mamona é uma das diversas atividades produtivas desenvolvida naquele assentamento. Esta atividade contou com o grande apoio da Petrobras que liberou recursos para apoiar o desenvolvimento daquele povo (utilizando recursos dos seus programas socias que só passaram a exister após o governo Lula). No total foram investidos naquela área nos últimos 05 anos mais de 4 milhões de reais pelo Governo Federal.

Com relação a mamona, tudo iniciou em 2004 quando foram plantados 27ha de mamona para produzir matéria prima para produção de Biodiesel e testar o desenvolvimento da cultura da mamona na nossa região. Com o sucesso do cultivo, em 2005 esta área foi ampliada em 273ha.

Nestes dois anos toda a produção foi comprada pela Petrobrás a R$ 3,00 o quilo; pois apesar do preço médio ser de R$ 0,70 a produção alcançou uma qualidade tão boa, que foi adiquirida como semente e distribuída para o plantio em outras áreas do país. Portanto não procede essa informação que a Petrobrás não comprou, deve ter havido algum equívoco na informação, pois Diego conhece esta história melhor do que eu, e sabe muito bem que foi desta forma.

Agora, existem algumas dificuldades para continuar plantando esta cultura e não dar, nesse comentário, para discorrer sobre este assunto, posso apenas adiantar que o preço de mercado da mamona é de aproximadamente R$ 0,70, e particularmente entendo que esse é um dos motivos para o baixo interesse das famílias.

A produção de mamona e de outras culturas oleaginosas na agricultura familiar tem sido motivada pela Lei 11.097/2005 que dispõe sobre a introdução de Biodiesel na matriz energética brasileira, esta Lei prevê que a partir de 2008 todo o diesel de petróleo comercializado no país terá a adição de 2% de Biodiesel (combustivel feito a partir de vegetais) e a partir de 2012 este percentual sobe para 5%.

Por Lei essa produção só pode vir da agricultura familiar. Vejam só que oportunidade para a agricultura familiar deste país. Porém, a operacionalização disso tem sido muito difícil e um dos maires entraves é a informação.

Com relação ao comentário de Onildo, como norteriograndense também fiquei decepicionado com a não vinda da refinaria para o nosso estado, mas não creio que seja uma política de compensação, pois a Petrobrás é uma empresa séria e tem dado sua contribuição para odesenvolvimento do Pais e do Rio Grande do Norte.

Sempre a disposição, um grande abraço.

OBS: Estou achando desigual fazer estes comentários pois acho que mais de 50% dos leitores vêem apenas a página de abertura, seria bom que os comentários assinados fossem divulgados na página de abertura.

José Wilson Tavares

Frederico Evandro disse...

Eu já tinha exposto aqui, mas volto a reiterar, que parece que esse pessoal só lê aquelas revistas de fofoca e a página ‘minha novela’dos jornais... e parece que só assistem o Cidade Alerta.

É muita falta de informação a respeito da decisão de instalar a refinaria em Pernambuco. Acompanhei que, em 1985 quando a Petrobras decidiu implantar uma refinaria no Nordeste para atender à demanda crescente da região e diminuir os custos de transporte dos derivados oriundos do centro-sul, o Ceará, Pernambuco e Maranhão partiram para a disputa. Como a diferença de custos não era tão significativa, e diante da pressão política dos Estados, a Petrobras abandona o projeto e resolve ampliar as refinarias existentes. Em 1994, o ciclo se repete: nova investida da Petrobras, novo impasse político, novas ampliações.

Hoje, o que vemos é que Vilma de Farinha e os deputados do DEM(entes) e do PMDB não se conformarem com o fato da refinaria de seis bilhões que será construída em Pernambuco, não ser instalada aqui em nosso Estado.

O que eles sabem e não querem acreditar é que a maior parte dos investimentos será do governo de Hugo Chavez (60%), que a maior parte do óleo a ser processado será oriundo da Venezuela, e que Pernambuco tem um porto e um pólo petroquímico dos mais modernos do país, e pra completar a felicidade do companheiro venezuelano, esse complexo petroquímico fica na cidade de Abreu e Lima (general brasileiro que teve ligações com o herói venezuelano Simon Bolívar).

Se Garibaldi tivesse investido na ampliação do porto de Guamaré, ou mesmo no de Natal, com o dinheiro da venda da Cosern, com certeza a refinaria seria construída aqui, mas preferiu-se gastar tudo com a Ecocil de Fernando Freire para fazer adutoras que levam água barrenta aos miseráveis e os enchem de pedra nos rins, e de positivo só trazem água franca para as propriedades dos políticos que estão nas proximidades.

O que não pode ser tolerável pelos irmãos nordestinos é essa disputa de políticos querendo a brasa pra sua sardinha, levando em conta apenas interesses baseados em modelos capitalistas e concentradores de renda, e gerando polêmica que, no final, a exemplo de outras oportunidades, acabou desviando o investimento do nordeste para o sul; isso não se pode admitir.

Frederico Evandro disse...

Caro Silva Jr., como você concluiu o texto fazendo uma pergunta, pressupõe-se que os leitores registrem nos comentário o que sabem a respeito, pois bem, vou dizer o que sei e falo como alguém que aparece sempre no Palheiros e conheço de perto algumas realidades de lá, não com a visão técnica do caro Zé Wilson, mas com uma ótica que sempre tenta enxergar os pormenores e o que acontece por trás dos fatos. O camarada com o qual você conversou pra inteirar-se dos fatos e escrever o texto ao qual faço esse comentário, eu conheço também e percebo que ele distorceu as informações que lhe passou. Zé Wilson já explicou tudo, a Petrobras compra sim a mamona produzida, é parece ser pensamento da empresa comprar cada vez mais, incentivando a expansão do plantio, e o comentário dele já explicou a diferença de preços.

O problema quando se diz ‘que falta investimentos’, o que o Dieguito insinuou é que não estão liberando empréstimos para os cuidados depois de plantado, mas vale lembrar que a intenção do projeto é o incentivo a agricultura familiar, e não que o assentado que tenha um lote, fique recebendo financiamentos disfarçados em forma de doação, para que ele contrate não de obra para os trabalhos braçais.

E estou cada vez mais convencido que a maioria dos assentados só querem tudo na boquinha, como ...(vcs sabem), trabalhar que é bom, são poucos, o negócio mais promissor nos assentamentos é receber empréstimos e comprar um carro ou uma moto velha, e ter que vender as galinha que a dona-de-casa tem no terreiro pra gastar com eles.