quinta-feira, 29 de março de 2007

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Olá amigos.

Diante de alguns comentários feitos nesse renomado Blog, colocando sob suspeita o resultado do pregão 003/2007 que tinha como objetivo a aquisição de gêneros alimentícios para vários órgãos da Prefeitura de Upanema, venho esclarecer que o citado pregão, a qual tinha minha pessoa como pregoeiro e que teve como vencedora a empresa Ailton P. Fernandes - ME, transcorreu dentro da maior lisura possível. Infelizmente algumas pessoas, motivadas pelos mais diversos interesses, estão tentando deturpar o processo ocorrido através de comentários sem fundamento.

DIVULGAÇÃO

Gostaria de esclarecer também que a prefeitura não tem a obrigação de entregar sem prévia solicitação, o edital do pregão a nenhum estabelecimento comercial, seja ele de Upanema ou não. Da mesma forma que não é obrigada, também não está proibida. Baseando-se nisso e com o objetivo de incentivar os comerciantes locais a participarem do pregão, foi entregue o edital (não uma carta como foi dito no comentário anônimo) para alguns comerciantes da cidade de Upanema. Com relação à data... Constava sim à data 22/02/07 como sendo a data da realização do pregão, como estava publicado no Diário Oficial do Estado. Mas, devido à proximidade do carnaval e pelo curto período de tempo que os comerciantes teriam para preparar a documentação necessária, ficou estabelecido o adiamento do pregão para o dia 22/03/07, ou seja, um mês depois. Novamente, a publicação foi feita no Diário Oficial do Estado e divulgada na imprensa local através dos Blogs informativos como o Upanema News e Blog do Anax (que publicaram no dia 13/03/07). Da mesma forma que o Sr. “anônimo” soube fazer esse comentário neste blog, não tenho dúvidas que ele viu esta publicação.

Durante esse período que antecede a realização do pregão, as empresas interessadas deveriam fazer seu cadastro junto à prefeitura. 16 empresas fizeram o cadastro e estavam aptas a participar do pregão. Para nossa surpresa, nenhuma empresa de Upanema apareceu para fazer o cadastro. Para efeito de constatação, esse é segundo ano em que a prefeitura realiza o pregão e, pelo segundo ano não se tem o interesse das empresas locais. O motivo pelos quais as empresas locais não se interessaram pelo pregão não cabe a nós que fazemos parte da comissão discutir. Temos a certeza que tudo foi feito para que eles participassem. Fizemos até mais do que nos era pedido.

Somente uma vez, no meio da rua, um comerciante perguntou-me se a empresa teria que estar legal para participar? Respondi que sim! Não fui mais procurado por nenhum comerciante local para tratar do assunto. Fico triste em ver um comentário em que coloca em xeque a conduta das pessoas, sem ao menos ter o trabalho de procurar participar do processo e ver como realmente funciona. Se esse comerciante sabia quem iria ganhar, ele deveria ter participado pra ver de que forma ele ganhou. Se constatada alguma irregularidade no processo, bastaria uma denúncia junto aos órgãos competentes para buscar seus direitos. Agora vir colocar sob suspeita a conduta das pessoas sem provas, nem conhecimento do fato eu não admito.

REALIZAÇÃO

Das 16 empresas cadastradas, 14 participaram do credenciamento feito no dia 22 de março, uma hora antes da realização do pregão. No momento em que anunciamos a abertura dos envelopes, 10 empresas desistiram de participar do pregão. Segundo fui informado, eles foram participar do pregão da cidade de Campo Grande, que seria realizado no mesmo dia.

Restaram quatro empresas: Kero Frios (Mossoró), Novinho Praxedes (Caraúbas), Supermercado Cidade (Mossoró) e E.T. Diniz (Pau dos Ferros). As empresas apresentaram suas propostas diante dos 14 lotes constantes do edital. Diferente de um leilão, no pregão ganha quem oferecer a menor oferta. Ou seja, o objetivo é fazer com que a prefeitura compre os produtos pelo menor preço possível. Um a um, foram feitos os lances para ver quem dava a menor proposta. Em muito dos lotes, tivemos várias rodadas de lances entre as empresas. No final, Novinho Praxedes conseguiu oferecer os menores preços em todos os lotes.

Sinceramente meus senhores e senhoras, achar que 14 empresas sérias, vindas de Pau dos Ferros, Jardim do Seridó, Areia Branca, Assú, Mossoró, Caraúbas iriam participar e ficar caladas diante de um jogo de cartas marcadas é muita ignorância.

Volto a reafirmar que o processo foi totalmente transparente. Tudo foi feito para que a prefeitura conseguisse obter o menor preço nos produtos. Tanto foi assim, que dividimos os produtos em lotes. As empresas poderiam participar somente dos lotes de seu interesse. Não era obrigada a participação em todos os lotes. Isso favorecia também aos comerciantes locais. Infelizmente não tivemos o interesse por parte deles devido a outros motivos, que diante do exposto não podem ser creditados à falta de seriedade no processo licitatório.

Gostaria de encerrar esse meu esclarecimento, aproveitando para convidar todos os interessados em participar ou assistir o próximo pregão da Prefeitura de Upanema, para comparecerem na sala das licitações dia 13/04/07 as 15:00h. O objetivo será a aquisição de Medicamentos, Material Hospitalar e Odontológico, para manutenção das Atividades de Saúde, no Município de Upanema.

Agradeço a direção do Blog pela atenção.

Anaximandro Eudson de Oliveira Barbosa e Silva

Pregoeiro do Município de Upanema

8 comentários:

Anônimo disse...

as 10 que desistiram foi pq já planejaram algo pra eliminar elas de cara, eu sei o que é isso, já participei de licitação, eles não íam se inscrever aqui e desistir de última hora por causa de Campo grande não, lá não chega nem perto das vendas de Upanema. Entendo sua preocupação, mais não venha querer tapar o sol com a peneira não, eu sei como é todo o procedimento de uma licitação desde o início até o resultado final. Faça uma pesquisa no seu blog pra saber o que a população acha dessa licitação da merenda escolar. você não tem culpa não, ganha quem seu prefeito quer.

Unknown disse...

A questão é que acho que NENHUM comerciante de Upanema tem capacidade de participar de um pragão desses. Eu acho até que muitos não sabem nem do que se trata. São despreparados, não investem na empresa, buscando novos fornecedores com preços mais acessiveis (é quase sempre Ermínio, que por coincidência, é de Caraúbas). Não tem variedade de produtos, muito menos preço. Muitos não vendem pra prefeitura porque não conseguem sequer uma certidão negativa. Pergunte a algum marchante se ele ficou sabendo desse pregão. Se algum soube, não teve sequer a idéia de propor à algum comerciante para participarem juntos, ficando as carnes a cargo dele marchante.

Ai fica muito difícil de competir, não acham?

Anônimo disse...

SEM FALAR QUE OS COMERCIANTES DE UPANEMA NÃO RESISTIRIAM A UMA MASSADA DE DOIS, TRÊS, QUATRO,...MESES SEM PAGAMENTO POR PARTE DA PMU, QUEBRARIAM TODOS.

Anônimo disse...

De: José Mário
Ao: Público

Acredito que a reclamação que o Sr “Fidel” faz precisa ser comentada. Upanema poderia já ter uma associação Industrial e Comercial como existe em algumas cidades e com isto o comércio local poderia participar das concorrências públicas. Falta de oportunidades não foi, pois por duas vezes tentamos 2005 e 2006, basta conversar com alguns comerciantes que participaram das duas reuniões na câmara de vereadores. Para estas reuniões convocamos no comércio em geral e também pela rádio durante a programação. Com a freqüência sempre baixa nas reuniões, desistimos. Mesmo assim, ainda acredito que para o comércio de uma cidade como Upanema a melhor saída ainda seria a associação.

Sds. José Mário

Frederico Evandro disse...

Não faria diferença nenhuma se os comerciantes de Upanema tivessem participado, eles não teriam preço baixo pra ter ganhado nenhum lote de produtos mesmo, dentro dos métodos de lisura que ocorreram o processo. Não sei por que essa reclamação toda em alguém de fora ter ganhado o pregão, os de Upanema vocês devem concordar que não poderiam competir com o fornecedor que vende pra eles a mercadoria de suas bodegas. Parece piada, mas a verdade é que nenhum tem capacidade de vender a prefeitura se o critério de escola for o menor preço: primeiro porque os preços daqui da cidade são impraticáveis, um verdadeiro assalto aos aposentados do sítio que compram fiado pra trinta dias; e depois eles não entenderiam se a Prefeitura tivesse que passar um mês ou dois sem pagar e mesmo assim eles tivessem que continuar fornecendo, seria o assunto das calçadas que o Prefeito não paga nem promessa a santo. Sem falar que Gilvandro nunca mais teria sossego, porque de instante em instante teria um fornecedor upanemense pra perguntar se o pagamento do próximo mês seria à tarde ou à noite, porque ele queria saber pra poder justar um ‘negóço’ pro dia de São Nunca mei dia, ou então deixaria mesmo pra Dia de Finado de manhã. Mas tem alguns itens que eles poderiam competir com certa vantagem, como já foi dito aqui em relação as carnes, mas essas pessoas na maioria não têm empresa registrada, e quando têm esta irregular porque acham um absurdo pagar um contador mensalmente pra ele só “assinar umas besteiras”... É de se estranhar também que a Organização Comercial Medeiros não tenha participado/ganhado de nenhum item desse pregão, talvez o interesse maior seja apenas quanto ao fornecimento ao PETI mesmo... E merecido também lembrar aqui a louvável iniciativa da Prefeitura em adquirir verduras e legumes da Cooperativa de Palheiros III, pois economiza no preço (já que não entra o custo com transporte quase que diário pra entregar essas leguminosas de outra cidade) e gera renda pra os cooperados da zona rural, apesar dessa iniciativa ta enchendo de assas um tal de Cabrito, digo, Bubu; que na condição de sócio majoritário de cooperativas e outros seguimentos artísticos correlatos do município, e estrategista local do PT, daqui a pouco vai ser candidato a vereador, ou pelo menos tentar uma diretoria do Banco do Nordeste... aqui aparece cada uma que dá dez...

Anônimo disse...

esse anônimo deveria primeiro procurar saber qual a diferença entre licitação e pregão. E outra, vc nunca participou de licitação nenhuma porque nem comerciante é, então só fale do que você souber.

Mané Bola disse...

Os nossos comerciantes não estão com condições de competitividade, por três motivos:
1º Eles não tem condições de competir com seus próprios patrões;
2º Eles são totalmente desorganizados, como Zé Mário mesmo explicou;
3º Os consumidores upanemenses estão fazendo suas feiras em Mossoró, não sabendo eles que isso apesar de ser bom a curto prazo, acarreta um sério prejuizo a nossa economia, porque o dinheiro que deveria esta sendo investido na nossa cidade daria condições ao nosso comerciante de crescer, e consequentemente competir, mas a nossa maldade é tão grande que achamos melhor enriquecer o dono do Rebouças do que os nossos conterânios upanemenses.
Particulamente eu fico feliz em ver alguns comerciantes nossos crescendo, ao contrário de muitos que por inveja talvez, sintan-se terrivelmente inojados quando ver alguém comprar um carro ou coisa semelhante para um melhor condicionamento do seu comércio e usufruto próprio.
Deixo aqui os meus protestos a isso que está ocorrendo no nosso município, e não me venham com conversa mole, só colocando culpa no prefeito não (apesar de culpado também), mas o povo de Upanemense está contribuindo para o enfraquecimento de nossa economia. Muito obrigado.

Anônimo disse...

o caminhão do rebouças tem dias que vem 2 vezes deixar as feiras!