quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Agiota se apresenta à polícia e declara que está arrependido

Caraúbas - O agiota Francisco de Assis da Silva, que tem 40 anos e reside na zona rural de Campo Grande, estava sendo procurado pela polícia sob suspeita de ter assassinado sua companheira, a dona-de-casa Antônia Maria da Silva, que tinha 42 anos. Ele se apresentou espontaneamente no Destacamento da Polícia Militar de Campo Grande, mas foi encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil desta cidade. Emocionado, "Chico de Bodinho", como é mais conhecido, declarou em seu depoimento que amava sua mulher e revelou que está arrependido depois do que fez.
De acordo com a versão apresentada à Polícia por Chico Bodinho, ele e sua mulher estavam numa festa, em Campo Grande, quando começaram a discutir. O suspeito comentou que ela havia dançado com outro homem e a partir daí, eles teriam se desentendido. No caminho de volta, o casal resolveu parar na pista para urinar. Motivado pelas discussões que vinham acontecendo, Chico Bodinho efetuou três disparos de revólver em direção à sua mulher e fugiu. Ela foi atingida por dois projéteis e morreu ainda no local, sem chance de se defender do ataque.
O delegado Normando Feitosa explicou que durante o depoimento, o agiota chegou a se emocionar várias vezes. "Ele me pareceu ser uma pessoa bem calma, apesar do crime que praticou", comentou o bacharel. O suspeito revelou ainda que havia sido traído duas vezes pela sua companheira, mas mesmo assim continuou com o relacionamento. Francisco de Assis admitiu que a relação do casal era bastante prejudicada pelos ciúmes. Ambos tinham problemas dessa natureza. "Ele disse que ela também era muito ciumenta", explica o delegado de Caraúbas.
De acordo com as informações passadas para o DE FATO pelo cabo Lacerda, responsável pelo Destacamento da PM na cidade, era comum saber que o casal se envolvia em confusões. O cabo contou que vez por outra Antônia Maria era espancada pelo companheiro. "Eu mesmo cheguei a falar com ela para denunciá-lo, mas ela não me atendeu. Maria falou que tinha medo de prestar queixa porque não tinha a quem recorrer depois. Ela abandonou o último marido para viver com o acusado", explicou o militar. O fugitivo foi procurado em toda a região e na manhã de ontem resolveu se entregar espontaneamente à Polícia.
Fonte: Jornal de Fato

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