sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

SESSÃO DA CÂMARA HOJE

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      Na programação de hoje da Nossa TV teremos a reapresentação da Sessão da Câmara Municipal realizada no último dia 29 de novembro, a polêmica sessão onde faltaram alguns vereadores.

     Confira a partir das 10h50min no canal 7.

Um comentário:

Anônimo disse...

Estratégia e educação pública no Brasil

A educação pública brasileira de nível fundamental e médio não é competitiva, e nisso todos parecem concordar. Em um ranking de 65 países, ficamos em 57º, posição que pode ser considerada muito ruim para quem será a 4ª maior economia do mundo. Isso leva a acreditar que o Brasil sustenta seu desenvolvimento dos próximos anos em bases frágeis. Contudo, como melhorar o sistema educacional público brasileiro? Apenas aumentar o dinheiro destinado à educação não parece ser a solução para os problemas encontrados, pois mais dinheiro disponível não significa melhor aplicação dos recursos.

Uma das maneiras de enxergar as coisas não seria aumentar o dinheiro disponível para o sistema, mas aprimorar a forma como as escolas funcionam, os professores exercem seu trabalho e os alunos estudam. Para isso, uma opção viável poderia ser adotar uma estratégia baseada em liderança de custo, voltada para o ganho de competitividade a partir da utilização otimizada daquilo que a escola tem para gastar.

Ao contrário do ambiente universitário, onde a diferenciação poderia ser aplicada com sucesso, o ensino público fundamental e médio precisa trabalhar conteúdos muito mais padronizados. Nesse sentido, aumentar a eficiência operacional é algo de valor significativo, e passa por controlar de maneira formal a presença e ausência dos professores, regulando se de fato eles estão na escola quando deveriam estar, ou ainda vincular o avanço de série ao desempenho dos alunos em uma prova padronizada para todo o Brasil, periódica, que possa identificar se os alunos estão aprendendo de fato aquilo que deveriam aprender na escola.

Outro desafio a se transpor é o fato de o ensino fundamental e médio do Brasil ter que preparar uma grande quantidade de alunos. Comparar o desempenho de um aluno no Chile, onde a população é de 16 milhões, com um aluno no Brasil, onde há 190 milhões, pode distorcer as informações e levar a conclusões impróprias. Com tantos alunos para ensinar, o sistema precisa trabalhar de maneira eficiente e uniforme, a fim de concentrar os materiais usados, o design das salas de aula, a estrutura das escolas e a formação dos professores. Nesse sentido, não parece adequado delegar a gestão escolar para os municípios, mas concentrar essa responsabilidade a nível estadual, que poderia dar escala à compra de material didático e a construção de escolas, bem como a treinamentos para a melhor formação dos professores. É essa estratégia por tornar o sistema mais eficiente e de baixo custo que tornaria a educação brasileira mais competitiva.

Imaginar o Brasil como um grande player ajuda a entender o que se está propondo. Em um cenário de disputa por destaque e relevância internacional, a educação não pode ser considerada um ativo pouco importante. Usar a estratégia de baixo custo para as escolas de ensino público de nível fundamental e médio no Brasil pode se revelar uma excelente, talvez a melhor, opção, pois permitiria trabalhar com uma margem de superávit baixa, focando na busca por eficiência, comprometimento dos professores e preparo dos alunos.