terça-feira, 26 de dezembro de 2006

PROFESSOR XAVIER E A NOVA EDUCAÇÃO

Acompanhe este ótimo texto do professor Xavier Gondim, que aborda a educação hoje em dia.
Pense num assuntinho difícil e chato de se comentar! Mas vamos lá. Cada dia perco a fé na educação. Vamos aos culpados. Imaginemos um pai que dá tudo ou quase tudo ao filho e dele não cobra nada. Além disso, não estabelece normas rígidas para o bom funcionamento da casa. Imaginemos um pai que passa a mão na cabeça do filho quando este erra. Ou pior: diz que o filho não erra. Diz que reprovar seus atos é sinônimo de exclusão, de punição. Acho que já deu pra captar minha mensagem. O pai da minha parábola é a sociedade inclusiva, tendo como cabeça o moderno sistema de ensino errado. Digo que quando falo em culpa do horrível desempenho dos alunos nos exames, prefiro dizer que são eles mesmos os culpados. O sistema de ensino apenas apóia seus atos e fracassos. Para acabar de achanar (achatar), os benditos Parâmetros Curriculares Nacionais vieram dar asas aos alunos e colocá-los como centro da aula e o professor no canto da parede. Concordo que o centro é mesmo o aluno. Mas que ele não seja tão grande assim. Ele é importante, mas precisa ficar na posição dele: como aluno. O professor deve ser o mestre. Pode aprender com eles, mas não numa posição humilhante. Hoje falamos, aconselhamos, argumentamos, imploramos, gritamos, berramos, mas eles não escutam. Todos estão surdos, dizia Roberto Carlos há muito tempo. Eles não ouvem porque não querem ouvir. “Esses moços, pobres moços, ah se soubessem o que eu sei. Saibam que deixam o céu por ser escuro e vão ao inferno à procura de luz,” compôs um dia Lupicínio Rodrigues.Apesar de tudo isso, ainda há uma luz no fim do túnel. Aqui no ano passado passaram doze no vestibular da UERN. Ainda assim não deu pra eles verem que o cursinho deu um bom empurrão. Neste ano constatamos o esvaziamento das aulas. Parecem que não se emendam mesmo.Quanto às famílias deles, a coisa é feia. A maioria delas apóia as atitudes dos filhos. Se os mesmos não lograrem êxitos, os paizinhos ou mãezinhas botam logo a cara ruim pra gente. Outros ficam intrigados com a gente de sangue a fogo como se tivéssemos cometidos um grande crime contra eles.Sei que a seleção é uma coisa brutal. Mas isso é o mundo. É a lei da seleção natural e a sobrevivência dos mais aptos, pregada por Darwin. A escola tradicional ainda é a que tem dado certo para aprovação em exames seletivos. Observe aqui mesmo em Upanema. Os que passaram para a CEFET ou outros similares não é porque são bonitos, não. Todos eles freqüentaram Convesti ou cursos parecidos. O negócio é todos, ou pelo menos 90% da escola impor seus conceitos. Aplicar uns 80% de escola tradicional e o resto aplicar nas novas teorias educativas. Se voltar a aplicarmos os métodos que dão certo: farda obrigatória; entrada e saída nos horários certos; cantar o hino nacional (com uma visão mais crítica) para mostrar ao aluno o respeito pelos valores cívicos e patrióticos; inspetor educado e com autoridade da direção, no corredor, a fim de colocar ordem naqueles que não a querem. São algumas das poucas atitudes que podemos tomar para vermos logo, logo os frutos florarem.Quanto aos professores improdutivos... Ah! Um professor que não quer produzir, não se cria numa escola assim.

Um comentário:

Mossoró Press disse...

Quem já estudou e conseguiu chegar em algum lugar sabe q o aluno tem q se esforçar muito mesmo.