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Seara prepara 17 novos assentamentos rurais
17 novos projetos de assentamentos estão sendo implantados no Rio Grande do Norte. Ao menos foi este o tema debatido na manhã de ontem em reunião na Câmara Setorial de Acesso à Terra, com o secretário de Estado de Assuntos Fundiários e Apoio à Reforma Agrária (SEARA). O secretário Gilberto Jales disse que os projetos atendem as necessidades existentes.

Jales disse que, ao todo, 102 famílias de agricultores serão beneficiadas em 13 municípios. Felipe Guerra, Florânia, Apodi, Rio do Fogo, Japi, Bodó, Senador Elói de Souza, Jardim do Seridó, Assu, Upanema, Lagoa de Velhos, Serra Negra do Norte e Carnaubais. Estes municípios já receberam visita técnica da Seara e validaram a documentação das associações.

A reunião na manhã de ontem, no auditório do Idema, representou a última instância na aprovação dos 17 projetos que estão em implantação. O processo, em conjunto com a ata do encontro, será encaminhado para a aprovação do Banco do Nordeste e Banco do Brasil, agentes financeiros do projeto, em conjunto com a Caixa Econômica Federal, futuro parceiro para linhas de crédito.

O superintendente da Caixa no Rio Grande do Norte, Jorge de Castro, declarou que "para a Caixa Econômica, esta é uma experiência importante porque nós vamos aprender e somar com outras instituições financeiras. Além disso, vamos apoiar os projetos com nosso conhecimento em políticas públicas". Esse tipo de assentamento faz sucesso em Baraúna.

O secretário de Estado de Assuntos Fundiários e de Apoio à Reforma Agrária, Gilberto Jales, explicou que os novos projetos de Créditos Fundiários têm grande capilaridade e vêm para suprir deficiências que existem. "Conseguimos resultados muito positivos com o Crédito Fundiário, que é um instrumento que a população carente mais acessa", comentou.

Além dos projetos de criação dos assentamentos, foram apresentadas as propostas de financiamento da Linha de Consolidação da Agricultura Familiar (CAF) e de Combate à Pobreza Rural (CPR). A reunião da manhã de ontem contou com a participação do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Fetarn, Banco do Nordeste, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Idema, Unegro, Sethas, MLST, Incra.

Os projetos de assentamentos compreendem a Associação Livramento e Associação Bentos (Florânia), Várzea do Boqueirão (Felipe Guerra), Família Floresta (Apodi), Associação Paraíso São Francisco (Rio do Fogo), Tamires de Fátima (Japi), Baixios III (Bodó), Riacho dos Macacos (e Nova Esperança (Senador Elói de Souza), Morvanilson da Silva Meira (Jardim do Seridó), Érico Freitas Simão (Assu), Capim Grosso, Poré e Sítio Tapera (Upanema), Ubaia (Lagoa de Velhos), Rancho Pedregulho (Serra Negra do Norte) e Umbuzeiro (Carnaubais).

Como se pode observar, não se trata de assentamento com dezenas de famílias, mas como grupos de famílias que se uniram, formaram associações e, através da Seara, conseguiram recursos junto às instituições bancárias para comprar terra e estruturá-las para produzir. Todo o processo é acompanhado de perto por técnicos para reduzir as chances de não dá certo.