O deputado estadual Fernando Mineiro – PT visitou Upanema na última segunda-feira (30/03) para a posse da nova diretoria do SINDSERPUP e na oportunidade concedeu uma entrevista ao Jornal de Upanema.
Jornal de Upanema – Deputado, como se encontra a disputa em que Upanema e Caraúbas disputavam a comunidade de Mirandas?
Fernando Mineiro – Eu tenho acompanhado desde aquela época e está parado. Eu apresentei o projeto, ficou parado lá na tramitação e pra retomar tem que abrir novamente o debate tanto em Caraúbas como em Upanema. Então está parado e não tem previsão porque tem uma discussão que é nacional com relação ao desmembramento de municípios e tem a discussão local. Para que haja a retomada disso as partes interessadas se rearticularem. Como houve mudança de administradores tanto em Caraúbas como em Upanema devem retomar esse assunto.
J.U. – Na sucessão municipal de 2008 os membros do PT de Upanema entraram em uma divergência clara com relação à indicação do então candidato a vice na chapa encabeçada pelo PMDB. Sabemos que o PT saiu enfraquecido dessa disputa pois, não conseguiu indicar o vice e perdeu alguns membros. Como o senhor avalia a situação do PT hoje em Upanema?
F.M. – Toda briga tem enfraquecimento. Onde o Partido dos Trabalhadores tem disputas internas acaba se enfraquecendo. Eu acompanhei a situação aqui só até determinado ponto, quando existia a disputa para indicar o vice e o enfraquecimento foi que o PT não conseguiu indicar o vice. Mas isso é conseqüência das disputas e das divergências internas. Qualquer partido ele unido tem dificuldades pra se inserir em qualquer sociedade, isso não acontece só com o PT, e ele dividido fica mais enfraquecido ainda. Acaba sendo natural, não deveria ser mas, acaba sendo.
J.U. – Como está a greve dos professores.
F.M. – A greve esta completando esta semana um mês. O governo apresentou um conjunto de propostas que não respondem as reivindicações da categoria, principalmente com relação ao plano de cargos, que tem algumas pendências com relação ao seu cumprimento, o governo apresentou propostas de fazer a promoção horizontal e vertical baseado no salário inicial anterior. Então a discussão é o rebatimento da questão do piso no plano de cargos e essa discussão está com divergências ainda e estamos entrando na quarta semana. Tanto eu como a deputada Fátima temos intermediado as discussões junto ao governo, acompanhado todas as audiências, temos declarado publicamente apoio à greve achando que as reivindicações são justas, legítimas e o governo precisa no nosso ponto de vista apresentar uma proposta que retorne a discussão em médio prazo. Se o governo não tem condições de atender 100% é preciso que apresente uma proposta de quando se atenderá.
J.U. – Como fica a situação do secretário de educação que é do PT?
F.M. – O secretário de educação é filiado ao PT, mas ele não foi uma escolha do PT, foi um convite, uma escolha da governadora. Então nós não discutimos partidariamente as ações da secretaria de educação porque ele foi um convite da governadora e não do PT. É diferente por exemplo da Fundação José Augusto que foi um convite ao PT e nós indicamos o Crispiniano Neto para compor a Fundação José Augusto.
J.U. – Como está já sendo trabalhada a sucessão de 2010?
F.M. – 2010 nós vamos fazer a campanha da Dilma, vamos ganhar as eleições dos Demo/tucanos.
J.U. – E a sucessão no RN?
F.M. – O PT do RN tem defendido a manutenção da base de sustentação do presidente Lula. Nossa prioridade será a eleição da ministra Dilma que será formalizada a candidata do PT e vamos trabalhar para manter a aliança de apoio a ministra Dilma.
J.U. – O PT tem simpatia por alguns dos pré-candidatos que estão se apresentando?
F.M. – O PT não tem simpatia por nomes, o PT tem simpatia por propostas. Como não tem propostas ainda à discussão é se esta base vai estar unida ainda. Eu particularmente defino que a discussão passe além de nomes, de simpatia pessoal e sim discussão de projetos.
Fonte: Jornal de Upanema
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