quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Polêmica marca eleição para escolha dos diretores de escolas municipais em Upanema

Do Jornal O Mossoroense
UPANEMA - As eleições para a escolha dos novos diretores das escolas públicas municipais de Upanema acabaram se transformando numa grande polêmica, que envolve além da prefeitura, representantes dos sindicatos dos funcionários públicos municipais, sindicato dos trabalhadores rurais e representantes do setor educacional do município oestano.
Realizadas em setembro em cumprimento a uma lei municipal no ano 2000, que determina a escolha direta dos diretores das escolas municipais, as eleições que definiram a composição das novas diretorias ainda não tiveram os resultados homologados pelo Poder Executivo.
Segundo a lei, as eleições devem ser coordenadas pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Upanema (Sindiserpup) juntamente com a secretaria de educação e sindicato dos trabalhadores rurais do município, fato que acabou sendo respeitado repetindo a fórmula aplicada em anos anteriores, mas passados mais de dois meses, os eleitos ainda não foram homologados pelo Poder Executivo.
"O prefeito tinha oito dias úteis para homologação dos nomes. Até o momento não foi efetuado. Ele afirma que não nomeará os diretores e precisamos saber o motivo que impede a homologação", destaca a presidente do Sindiserpuc, Josenilda Costa.
Segundo a presidente do sindicato, os diretores com mandato vencidos continuam a frente das unidades de ensino gerando danos de ordem administrativa às unidades de ensino.
"A atividade escolar está sendo prejudicada e a sociedade civil também. Duas escolas recorreram à lei que favorece a posse mesmo diante da não homologação, mas a iniciativa não foi reconhecida pelo município. As escolas estão com dois diretores. Um de fato e outro de direito", reforça a sindicalista.
Diretora eleita afirma que impasse mantém motivação política
Em meio ao impasse várias versões circulam na tentativa de esclarecer o impasse. A mais forte defendida pelo sindicato, envolve questões políticas como barreira para a homologação dos nomes.
"Acreditamos que o problema está sendo movido por questões políticas. Uma das diretores eleitas é irmã do ex-vereador Luis Jairo, adversário político do atual prefeito", destaca Josenilda Costa.
A diretora eleita Simone Costa, irmã do ex-vereador, reforça a tese de perseguição política destacando o interesse do prefeito em anular o pleito e realizar novas eleições como forma de garantir a vitória nas escolas onde sofreu derrota.
"Encaramos o impasse como perseguição política. O prefeito alega que as eleições realizadas em agosto serão anuladas e um novo pleito será encaminhado no mês de janeiro. destaca Simone Farias
Para a presidente do sindicato, Josenilda Costa existem dificuldades de diálogo com o prefeito que estaria impondo barreiras para dialogar com a unidade de representação sindical.
"Buscamos o diálogo mas sempre somos ignorados. Na maioria das vezes não somos nem mesmo recebidos", conclui a sindicalista.
O caso foi encaminhado ao promotor público José Domingos que segundo os coordenadores do movimento em prol da posse dos diretores eleitos prometeu analisar a representação da assessoria do sindicato que poderá resultar numa ação cívil pública de improbidade administrativa.

Nenhum comentário: