segunda-feira, 11 de abril de 2011

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Desde o primeiro momento em que passei a fazer parte dos quadros da Prefeitura Municipal de Upanema, como professor no ano de 2004, decidi me associar ao Sindicato dos Servidores Públicos Municipais – SINDSERPUP por acreditar que essa é uma entidade de classe legítima para me representar como professor, ideologia que mantenho até hoje. Assim, deleguei a essa entidade o poder de me representar perante a sociedade e em defesa dos interesses de classe, o que vem ocorrendo sem maiores percalços nos últimos anos.

Deste modo, segui a decisão do sindicato tomada em assembléia e aderi à greve dos professores (acredito que não preciso aqui enfatizar que a greve é um direito legítimo garantido pela Constituição).

Como todos vêm acompanhando, o clima está tenso, desagradável na educação de nossa cidade devido às constantes paradas e a posterior deflagração do movimento grevista que já dura uma semana. Diante dessa situação e da ineficácia das negociações do sindicato com o executivo, os membros do Conselho do FUNDEB se reuniram com a chefe do executivo para analisar os recursos recebidos pelo fundo. O Conselho do FUNDEB não levou proposta para a reunião e, portanto, como muitos sem conhecer o que realmente aconteceu saíram espalhando e alguns até tentando tirar proveito político, eles não foram negociar, até porque não é sua atribuição, eles foram apenas “exercer o acompanhamento e o controle social sobre a distribuição, transferência e aplicação dos recursos”, ou seja, debater sobre os valores que o município vinha recebendo do fundo, ou esta não é sua atribuição? Na oportunidade a prefeita comunicou aos presentes que iria conceder um aumento aos professores... O que aconteceu depois?

Ninguém teve a humildade de reconhecer o avanço obtido pelo conselho do FUNDEB. Ele quem destravou as negociações! O que fizeram foi duvidar da palavra do seu presidente, o professor Diógenes Matoso que é um homem de reputação ilibada e que o seu único pecado foi tentar ajudar!

Diante do exposto fiquei em uma situação difícil. De um lado tinha a opção de seguir a decisão do sindicato (coletividade) e continuar a greve, e do outro a opção de seguir o que acredito ser o correto e voltar à sala de aula junto com outros colegas nesta segunda-feira (11). Depois de muito refletir e das razões expostas no início da matéria decidi acatar a orientação do sindicato e continuar a greve até uma deliberação da categoria em assembleia que determine o fim do movimento.

Mesmo com essa decisão venho neste espaço expor que não concordo com as últimas decisões do sindicato. Antes das críticas informo que esta não é uma posição dúbia, pelo contrário, é bastante clara, continuo em greve porque a categoria em sua maioria assim o decidiu, mas pessoalmente não concordo.

Uma decisão diferente dessa me obrigaria a deixar de ser sócio do sindicato, entidade que ainda acredito ser legitimada para me representar e que deve defender o direito dos trabalhadores e lutar sempre por novas conquistas.

Portanto, é de extrema importância que o SINDSERPUP permaneça desempenhando sua função não se desviando de seus objetivos primordiais, defendendo seus associados. Alerto que a direção do sindicato é muitas vezes acusada por seus opositores de utilizar de práticas não condizentes com suas funções. Isso pode gerar uma descrença da população num ente criado para fortalecer as categorias profissionais e atuar em sua defesa.

Espero que as falhas sejam corrigidas.

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