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Professores param por mais 48 horas
A Educação parou mais uma vez no município de Upanema. Nesta segunda-feira, 28, professores e funcionários da rede municipal iniciaram nova parada, agora de 48 horas. O motivo foi a falta de negociação com a prefeita Maristela Freire.

Na segunda-feira, 21, uma parada de 24 horas já tinha sido feita para chamar a atenção da prefeita, mas não surtiu efeito. "Uma semana se passou e a prefeita não nos procurou, nem mesmo se pronunciou no programa de rádio da Prefeitura. Parece que para ela nada está acontecendo", criticou a presidenta do Sindicato dos Servidores Públicos de Upanema (SINDSERPUP), Rosemary Sobral.

A exemplo da semana passada, professores e funcionários foram às ruas protestar e denunciar a ausência de reajuste salarial para a categoria.

Eles realizaram uma caminhada, que tinha destino final a sede da Prefeitura, mas os manifestantes não puderam se concentrar em frente à Prefeitura por conta de proximidade com a sede do Fórum.

Assim, eles, contando com o apoio de muitos alunos, caminharam até o mercado público.

Para o professor de Matemática Josiel Gondim, da Escola Municipal Professora Maria Gorete, o posicionamento de Maristela de não abrir negociação é totalmente incompreensível, "como também a alegação dela de que a Prefeitura não tem dinheiro para reajustar o salário dos professores". "Ao mesmo tempo em que diz que não tem dinheiro para conceder o reajuste, ela (Maristela) faz gastos desnecessários como a contratação de bandas para o carnaval", criticou.

Josiel observou que o salário dos professores está ficando mais defasado a cada ano, "já que não existe reajuste há três anos".

Alguns vereadores também participaram do manifesto e declararam apoio aos servidores municipais. "Está faltando um compromisso da prefeita com o reajuste dos professores. Não somente da educação, mas de todas as áreas", relatou o vereador Nonato Garcia, também criticando a estrutura precária das escolas municipais.

Hoje, às 14h, os professores realizam assembleia na Câmara Municipal para votar o indicativo de greve. "Vamos votar a greve, mas só queremos adotá-la em último caso", ressaltou Rosemary.

A sindicalista acrescentou que a proposta é iniciar a greve na segunda quinzena do mês de abril. "Vamos dar um tempo para a prefeita rever seu posicionamento. Se ela insistir em não abrir negociação, aí sim vamos ter que parar as atividades", advertiu.

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