quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Um pedaço maior que o todo! Parabéns Upanema, parabéns mesmo!

            Embora tenha laços familiares espalhados pela região do Oeste Potiguar, eu resguardo um carinho especial por duas cidades, Campo Grande e Upanema, a primeira, por ter sido minha manjedoura, dispensando os comentários inerentes do amor pela terra em que se nasce. A segunda, pelo fato de ser meu “refúgio”. Não imagino tirar férias e não se aproveitar descaradamente da hospitalidade da casa da minha madrinha e da fazenda Carão, situadas no município. Boas lembranças da minha vida estão associadas a essas cidades, mas eu tenho visto certa desigualdade entre elas.

            “Hoje o município de Upanema completa 57 anos”. Isso você já leu em outros blogs antes de se perder nessa paupérrima página virtual, porém, o que você não leu é que, Upanema, que se emancipou de Campo Grande, hoje completando 57 aninhos de idade, uma moça que deixou de ser debutante uns dias atrás, conseguiu crescer mais que a nossa estimada cidadela em menos da metade do tempo, na verdade, bem menos que isso, pois Campo Grande tem quase o triplo da idade de Upanema.

            Vamos usar como exemplo um fator bem simples, o número de habitantes. Campo Grande levou mais de 150 anos para atingir uma população com cerca de 10 mil habitantes, enquanto Upanema levou 57 para atingir 13 mil.

            “Ah, mas é que o povo de CG ta se mudando pra outras cidades.” Certo, mas por quê? Será que isso não acontece também em Upanema? Pelos dados, aparentemente bem menos.

            E não é só a nível populacional, a estrutura em termos de urbanização, saúde, transporte, por exemplo, é melhor que a de Campo Grande. Aí eu pergunto: A que se deve o desenvolvimento de Upanema? Proximidade de Mossoró? Será que é por que foi agraciada divinamente com riquezas naturais como o petróleo? Boa gestão de seus governantes que souberam direcioná-la para o crescimento? 

            Um dos maiores desafios enfrentados pelas pequenas cidades é se tornar “autosuficiente” a ponto de conservar seus habitantes, fazendo com que os recursos humanos, o capital intelectual de cada indivíduo seja utilizado no município em favor do seu desenvolvimento, impedindo o êxodo para outras localidades.

            O segredo da aniversariante eu não sei, mas espero ver Campo Grande desfrutar do mesmo sucesso em um curto período também, num futuro não muito distante, e recuperar o tempo perdido numa história que não volta mais. Uma coisa eu sei, que elas compartilham comumente de um mal, uma BR deficiente que impede ainda mais o desenvolvimento de ambas.

FONTE: blog A VOZ DE CG.

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