segunda-feira, 20 de setembro de 2010

SETEMBRO, MÊS DA BÍBLIA

::enviado por Hermes Freire
Porque Setembro é o mês da Bíblia? Por causa do aniversariante São Jerônimo, dia 30 de setembro, autor no Século IV da tradução latina da Bíblia, e grande estudioso e apaixonado pela Sagrada escritura. Chegou setembro anunciando a chegada da primavera, cheia de vida e de flores.E setembro traz para a Igreja a celebração do mês da Bíblia, essa Bíblia que é toda ela um jardim florido com as flores de Deus.Desde a majestosa simplicidade da História dos Primórdios nos primeiros capítulos do Gênesis, a vocação de Abraão, a era dos patriarcas, o Êxodo, dominado pela figura empolgante de Moisés, e a grande gesta do deserto, das maravilhas de Deus, da Aliança do Sinai.Depois, os juizes e os reis, com as figuras inexcedíveis de Davi e Salomão. E a divisão do povo em dois reinos: O de Judá e de Israel.  O Exílio na Babilônia e a volta e a recomposição. Tudo isso iluminado pela Palavra dos profetas, que iam mostrando o sentido das coisas de Deus para além das vicissitudes das guerras e do domínio da terra. E tudo cantado em canções de louvor, de súplica e às vezes de dor e contrição. São os Salmos, cuja poesia não é superada por nenhuma poesia humana. Depois vem o Novo Testamento, quando Deus, “depois de ter falado mil vezes e de diversos modos aos Pais pelos profetas, falou definitivamente no filho a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e pelo qual fez os séculos” (Hb 1,1s). Nada  mais sábio nem mais santo do que o livro do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, nas quatro redações dos sinóticos e de São João, continuando depois como que num eco de vida e de eficácia no Livro dos Atos dos Apóstolos e nas cartas de São Paulo e de outros apóstolos, terminando com o Apocalipse, que é um cântico de vitória e de esperança. Na Bíblia, Deus nos revela através de palavras e de acontecimentos intimamente entrelaçados, de tal sorte que as obras ajudam a manifestar e confirmar os ensinamentos e realidades significadas pelas palavras; e estas, por sua vez, proclamam as obras e elucidam o mistério nelas contido (cfr DV 2/162). E Deus se serve de autores humanos, por Ele inspirados e de linguagem humana e até dos gêneros literários usados em cada época para nos manifestar a sua verdade. É o que São João Crisóstomo chamou de “Divina Condescendência”. Deus desce até nós. Fica perto de nós. A Bíblia mais do que um livro, se poderia dizer uma carta cheia de ternura de um pai que se comunica com seus filhos. A Igreja – como nem poderia deixar de ser – tem a maior estima com a Bíblia . E nela “escuta religiosamente a palavra de Deus, santamente a guarda e fielmente a expõe” (Ibid. 10/176). E, para que realmente possa ser fiel a sua exposição da palavra de Deus ao seu povo, encoraja e oriente uma multidão de estudiosos, de peritos e de exegetas, que nos ajudam a entender bem hoje de livros que foram escritos há tantos séculos e traduzidos e transcritos em infinitas cópias.Esses  homens doutos realizam como que um trabalho preparatório para que possa amadurecer convenientemente o julgamento da Igreja. Eles têm consciência de que a Sagrada Escritura deve ser lida e interpretada naquele mesmo Espírito em que foi escrita e,  para isso, tem presente o conteúdo e a unidade de toda a Escritura, levando em conta a tradição viva da Igreja e a analogia da fé.O Mês da Bíblia há de nos ajudar a nos familiarizarmos sempre mais com o texto sagrado, não só pela leitura que deles se faz na liturgia, mas em nossas leituras e meditações pessoais ou nos círculos Bíblicos e grupos de reflexão que hoje fazem crescer tanto a Igreja, alimentada  com a Palavra de Deus. E seria muito importante nos lembrarmos de que o Espírito não só inspirou os autores sagrados para que escrevessem os livros, mas continua de algum modo misterioso a inspirar a Igreja e os fiéis, quando lemos esses livros. Por isso mesmo, não se lê a Sagrada Escritura apenas por uma curiosidade científica ou para deleite estético. É um falar com Deus. Lembramo-nos de que assim se estabelece colóquio entre Deus e o homem, uma vez que ” A Ele falamos quando rezamos e a Ele ouvimos quando lemos os divinos oráculos”
(Santo Ambrósio, apud DV 25/196)

Marcador: Hermes Freire

2 comentários:

Anônimo disse...

abc.......

ENTRETENDO & SINFORMANDO disse...

Um dado importante sobre a Bíblia que muita gente ainda não sabe é que existe uma diferença grande entre as Bíblias e que o mês da Bíblia não é o mesmo para todos os grupos religiosos.