sábado, 13 de dezembro de 2008

Proposta é acordar potencial adormecido

Cézar Alves
Da Redação
Vale do Açu - Nesta semana, em Brasília, o Congresso Nacional aprovou a criação da Zona de Processamento e Exportação (ZPE do Sertão) de Assu. Mas em que essa decisão dos senadores pode contribuir se vier a ser aprovada na Câmara, com o desenvolvimento ou não de Assu e outras 40 cidades do Oeste Potiguar? A proposta é explorar as potencialidades adormecidas dos municípios, de forma sustentável.
A reposta é do especialista em desenvolvimento regional Brian Tipler, consultor inglês que foi contratado pelo prefeito de Assu, Ronaldo Soares, para identificar as potencialidades econômicas, ambientais, hídricas e sociais da região Oeste do Estado. O resultado do estudo contribuiu com a formatação do projeto de implantação da ZPE do Sertão.
Segundo o especialista, ZPE do Sertão nada mais é do que uma região dotada de mecanismos de produção socialmente e ambientalmente sustentável. Nesta mesma região, as instituições de governo oferecem incentivos fiscais às empresas e providencia capacitação de mão-de-obra, estrutura adequada de saúde, educação e outros mecanismos que contribuem com vida social saudável.
No estudo de Brian Tipler, que foi entregue ano passado ao prefeito Ronaldo Soares, de Assu, mostra o grande potencial econômico de Macau, na produção de sal e petróleo. Em Pendências, destaca-se a produção de camarão e tilápia em cativeiro. Em Alto do Rodrigues, Carnaubais, Assu e Ipanguaçu, o destaque é a produção de frutas no sistema irrigado.
Em Afonso Bezerra, se destaca a produção de granito. Em São Rafael, é pedra de mármore. Em vários municípios do Oeste, Seridó e Lajes, o destaque é a xelita. Em Jucurutu existe uma grande reserva de minério de ferro, que já está sendo explorada. Em Serra do Mel, a riqueza vem da castanha e do caju. Na região de Mossoró, a riqueza vem da agricultura, calcário, petróleo, entre outros produtos.
Outro grande potencial destacado no estudo é o hídrico. As barragens de Santa Cruz, em Apodi; Umari, em Upanema; e Armando Ribeiro Gonçalves, em Assu, representam uma reserva hídrica superior a 3 bilhões de metros cúbicos de água. A região também é dotada do açude de médio porte, como o Mendubim, Lagoa do Piató, Pataxó, no Vale do Açu; Itans, Dourado e Gargalheiras, no Seridó; Barragem de Pau dos Ferros, Açude de Lucrécia, Umarizal e Patu, no médio/alto oeste.
E todo esse potencial, conforme o estudo que cristalizou a ZPE do Sertão, aponta que é pouco ou quase nada aproveitado. É o caso do granito em Afonso Bezerra e do grande potencial hídrico da região. E segundo Brian Tipler, esse potencial não é explorado com mais força e sustentabilidade porque faltam políticas de governo para estruturar a educação, capacitação de mão-de-obra, melhorar a saúde, recuperar e ampliar as estradas, construir portos e ferrovias para interligar as regiões produtivas e permitir a escoação.
Fonte: Jornal de Fato

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