A fruticultura potiguar pode conquistar novos mercados depois que os Estados Unidos anunciou a ampliação da área livre da mosca da fruta do Rio Grande do Norte, o que beneficiou mais 13 municípios produtores de melão e melancia, que pertencem à família das cucurbitáceas, que agora estão aptos a exportar seus produtos para o mercado norte-americano.
Até o início deste mês, apenas Mossoró, Areia Branca e Assu podiam exportar frutas para os Estados Unidos.
A partir de agora, a área total de produção de melão e melancia na área livre da mosca da fruta no Rio Grande do Norte é de aproximadamente 8 mil hectares, com potencial de produção de 310 mil toneladas por ano.
A medida contou com a chancela do Serviço de Inspeção de Saúde Animal e Vegetal (Aphis) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que reconheceu o trabalho realizado pelo governo do Estado, por meio do Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do Rio Grande do Norte (Idiarn) e do Comitê Executivo de Fitossanidade (Coex), com apoio do Departamento de Sanidade Vegetal do Ministério da Agricultura, no sentido de ampliar a área livre desta praga.
Segundo o diretor de Sanidade Vegetal do Idiarn, Magnos Bezerra, o reconhecimento das autoridades dos Estados Unidos vem coroar uma luta iniciada desde o primeiro mandato da governadora Wilma de Faria, quando foi encaminhado ao Ministério da Agricultura projeto pleiteando a ampliação da área livre da mosca da fruta, o que demandava a elaboração de pesquisas científicas para comprovar a inexistência da praga nas lavouras dos referidos benefícios.
Implantação do Idiarn garantiu a ampliação
A implantação do Idiarn pela governadora Wilma de Faria facilitou o recolhimento das provas científicas que ajudaram na aprovação do pleito.
"Além de estrutura física, o instituto possui agrônomos qualificados para realizar a inspeção nas áreas produtoras de frutas", afirmou Bezerra, ressaltando que o Rio Grande do Norte jamais apresentou um caso comprovado da presença desta praga.
Na América do Sul, apenas Brasil e Chile derrubaram as barreiras levantadas contra as importações de frutas por parte dos Estados Unidos, que há cerca de 30 anos erradicaram a mosca de fruta de seu território. O Rio Grande do Norte e agora o Ceará, que também recebeu o reconhecimento para sete municípios, são os únicos Estados brasileiros com autorização para penetrarem no mercado norte-americano com estes produtos.
Com a ampliação da área potiguar, o presidente da Coex, Segundo de Paula, calcula que as exportações de melão e melancia do Rio Grande do Norte devem crescer 10% ainda este ano. "O reconhecimento dos Estados Unidos representa uma importante grife para nossos produtores, que podem conquistar, a partir disso, novos mercados como o da Ásia, além de ampliar as exportações para o mercado norte-americano", avalia.
Um comentário:
para Upanema continua a receber autorização do ministério da agricultura devemos muito o esfoço do engenheiro agrônomo ferrari que tanto trabalha em pro da agricultura upanemense.
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