Fiscais da Defesa Sanitária Vegetal Federal e Estadual que atuam no Rio Grande do Norte e Ceará estão se reunindo esta semana para discutir melhorias na gestão da área livre da Anastrepha grandis, a mosca-da-fruta. A região onde a praga está controlada abrange municípios dos dois estados e, anualmente, os representantes dos serviços de sanidade fazem a revisão das regras e ações para manter o status positivo. O encontro começou na segunda-feira e só deve ser concluído hoje, por volta das 12h, quando serão fechadas as decisões.
Cerca de 10 técnicos e fiscais participam do debate. Estão representados setores como o Serviço de Sanidade Agropecuária (Sedesa) das superintendências do Ministério da Agricultura - representado pelo chefe do setor, Francisco Neuton Lima - e fiscais estaduais dos órgãos executores da defesa agropecuária: Centro de Informação Documental Agropecuária (Cidagro) e Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do RN (Idiarn).
O objetivo da reunião é analisar e propor mudanças na Instrução Normativa nº 13, que disciplina a área livre da mosca. De acordo com a assessoria de imprensa da Superintendência Federal de Agricultura no Rio Grande do Norte (SFA RN) - representação local do Ministério da Agricultura - as modificações visam agilizar o cadastramento e o monitoramento das propriedades localizadas nos dois estados.
Os encontros para avaliação da gestão da área livre da praga são realizados desde o ano passado. O RN tem a única área livre da América Latina, com 13 municípios reconhecidos, a maioria localizada nas regiões do Vale do Açu e Mossoró. Esta última é considera livre há mais de 20 anos, graças a uma intensa fiscalização e barreiras fitossanitárias que evitam que produtos contaminados pela praga entrem na região.
Até 2002, apenas os municípios de Mossoró, Assu e Areia Branca estavam incluídos na barreira fitossanitária. Posteriormente, foram incluídas as cidades de Baraúna, Tibau, Grossos, Ipanguaçu, Afonso Bezerra, Alto do Rodrigues, Carnaubais e Upanema. O título de área livre habilita os produtores a exportar para a Europa. A região ‘‘limpa’’ abrange também alguns municípios do Ceará.
Diário de Natal
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