domingo, 16 de março de 2008

Sobre o todos e todas

@ Nos últimos anos, com o advento do movimento feminista, a questão de gênero começou a ser debate na sociedade. E como não poderia ficar de fora, a gramática é o centro do debate. Ao se dirigir a uma platéia, já tornou-se uma obsessão, uma paranóia o uso de “todos e todas”, “trabalhadores e trabalhadoras”. Não nego que o gênero masculino historicamente tem predomínio sobre o feminino por uma questão cultural e de domínio. Há exemplos que podem ser aplicados usando os dois. Numa platéia de homens e mulheres, o orador tem a obrigação de dizer “senhores e senhoras”, porque lá estão presentes os dois gêneros e soa bem aos ouvidos. Similarmente o “todos e todas” já não se faz necessário porque “todos” (os ouvintes) já subentende “todas” (todas as pessoas presentes) . “Mulheres e homens” em alguns casos é necessário dizer. Não é errado dizer que os homens são maus, referindo-se ao gênero humano. Aí já está implícita a mulher. Oi, leitores e leitoras! Lembram o “brasileiras e brasileiros” dos tempos de Sarney? Pois a moda pegou e muitas vezes torna-se deselegante a gente ouvir tantos “todos e todas”, “professores e professoras,” “cidadãos e cidadãs”. Muitas vezes ao longo das falas, os oradores se esquecem do “todas” , igual aos pedantes que chiam com um “chiar” desnatural e sem razão que não deixam um gato por perto ou até parece pipoca pulando na panela. Algumas vezes se esquecem de chiar e falam natural. Há até quem cumprimente a platéia com um sonoro “boa tarde a todas!’ com a demonstração que o feminismo não é um movimento de luta pela igualdade dos gêneros, mas uma luta pela superioridade do gênero feminino. Atenção para uma perguntinha que muitas mulheres vão detestar: quem concorda comigo levante o braço ou escreva um e-mail para que eu publique na próxima edição.

Um comentário:

Anônimo disse...

parece que ninguem bateu continencia pra esse comentário seu.