sábado, 19 de janeiro de 2008

Melão lidera a pauta com US$ 85,2 milhões em 2007

O Rio Grande do Norte finalizou o ano de 2007 com grande sucesso nas vendas para o comércio exterior. Segundo dados da Secretaria Estadual do Desenvolvimento Econômico (Sedec) as exportações potiguares atingiram um crescimento de 10,5% comparado ao ano de 2006, desconsiderado o petróleo que, como indicavam os números ao longo do ano, ficaram de fora das vendas para o exterior.
A fruticultura com as exportações do melão se manteve como o primeiro item da pauta externa, surpreendendo em função do valor apresentado de 85,2 milhões de dólares, o que representou um crescimento de 46,6% em relação ao ano anterior. Segundo os produtores, em 2007 as exportações do melão poderiam ter gerado uma receita ainda mais elevada para o Estado se não fosse a antecipação da colheita devido à variação do câmbio.
Para o secretário do Desenvolvimento Econômico, Marcelo Caetano Rosado, os números positivos de 2007 refletem a capacidade de crescimento constante da economia do Rio Grande do Norte em diversos setores nos últimos anos. “As atividades econômicas do Estado têm recebido investimentos tanto do Governo Estadual como do empresariado local que resultam no crescimento da presença potiguar no mercado externo”, destaca Marcelo Rosado.
A castanha de caju e o camarão, apesar do declínio verificado em 2007, permaneceram em segundo e terceiros lugares com exportações em 40,1 milhões de dólares e 32,2 milhões de dólares, respectivamente. A banana, outro importante produto da fruticultura potiguar, produzida em grande escala no Vale do Açu, alcançou a quarta colocação com a marca de 28,1 milhões de dólares exportados, mantendo o ritmo de alta em relação a 2006 com crescimento de 14,3%, e em relação ao ano de 2005 o crescimento de 43,8%.
No setor industrial, os produtos do segmento de confeitaria apareceram na pauta exportadora potiguar, com 21,7 milhões de dólares em vendas, o maior recorde para as empresas do setor. Segundo os dados da Balança Comercial, as vendas aumentaram 7,9% em relação ao ano de 2006 e cresceram 65,7% se comparado a 2005. Alguns produtos da indústria têxtil no segmento de confecção também indicaram um bom índice de expansão externa no ano de 2007, principalmente com os cobertores e mantas que exportaram 9,2 milhões de dólares, um aumento de 303,2%. As roupas de cama com 6,6 milhões de dólares e aumento de 73,8% e os fios têxteis com vendas de 1,4 milhões de dólares e aumento de 468,7%. Já os tecidos e t-shirts (camisetas), por outro lado, apesar do volume de vendas expressivo, apresentaram queda em 2007, de 40,0% e 57,8%, respectivamente.
Para os produtores de cera de carnaúba, o ano passado bateu todos os recordes em exportações já vistos no Rio Grande do Norte com o crescimento de 300,6% em exportações comparado ao ano de 2006, proporcionando uma receita de 6,2 milhões de dólares. O minério, com o tungstênio e seus quase 2,5 milhões de dólares exportados em 2007, foi responsável por um aumento de 220% em relação a 2006. O minério de ferro, apesar de poucos embarques no final do ano, concluiu o ano como o nono item de maior expressão nas vendas para o mercado externo, com 12,3 milhões de dólares. O granito, também, encerrou o ano com ótimo índice: 64,7%, resultando em 5,4 milhões de dólares em exportações.
Dentre os 26 produtos que ultrapassaram a barreira do milhão em exportações no Rio Grande do Norte, apenas nove não contribuíram para um melhor resultado estadual. A queda persistente e duradoura do dólar ao longo de todo o período de 2007 foi o grande responsável pelo desempenho inferior ao potencial exportador estadual, afetando principalmente o setor da fruticultura. Os números, não fosse a dificuldade cambial, seriam certamente ainda mais favoráveis à injeção de novos capitais externos na economia potiguar.
Fonte: site de Pedro Carlos

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