Marcelo Freitas lança sua banda e 1º CD

Marcelo Andrelino Gondim de Freitas é filho do agricultor Lourenço Marques Gondim e de dona de casa Maria Auxiliadora Gondim de Freitas.

Nasceu no ano de 1986 no Sítio Baixa Fechada em Upanema/RN Viveu com seus pais até os doze anos de idade. Como a maioria dos outros garotos de sua idade, sonhava em um dia exercer uma profissão de músico, tornando-se um cantor conhecido no Brasil.

Enquanto lutava por essa oportunidade, continuava trabalhando com seus pais e irmãos na roça para ganhar o pão de cada dia. Acordava às 6h da manhã para fazer os afazeres da casa, como pegar água de um açude em um jumento para encher os tonéis da casa. Cantava toda hora nas estradas por onde andava, no roçado onde trabalhava, na escola, e principalmente no banheiro.

As pessoas falavam: um dia esse menino vai ser cantor. Todos daquela comunidade gostavam de sua voz. Ao saber disso, acreditava mais ainda em realizar o sonho. Como não tinha condições de comprar um violão, resolveu fazer o seu primeiro instrumento musical. Marcelo e seu irmão mais velho pegaram uma tábua, desenharam uma guitarra, e na serraria fizeram uma guitarra de madeira, com pregos no canto das tarraxas e no lugar do puxador. As cordas da guitarra eram de náilon. Mas como fazer a guitarra dá o som? Para resolver este problema, pegou um tubo seco de desodorante, e colocou entre a tábua e as cordas. Foi aí que surgiu o som. Pra ele foi a melhor coisa do mundo. Assim, todos os dias pegava a guitarra e tentava fazer os primeiros tons.

Um dia tomou uma decisão e disse: “O meu forte é a voz e vou ser cantor.” Então começou a surgir barreiras para serem ultrapassadas.

Numa tarde ao escurecer, seu pai trouxe um mel de abelha para jantar, e por falta de sorte, o de Marcelo estava com um ferrão de abelha dentro, e ao tomar foi picado na garganta, que causou irritação, inchaço e fechamento nas cordas vocais. Começou mais uma luta, dessa vez para recuperar as cordas vocais e a voz.Quando tentava cantar, sua garganta inchava muito e a voz sumia cada vez mais. Já tinha perdido as esperanças de ser cantor, e logo em seguida, voltou a praticar na guitarra de madeira. As pessoas estavam desacreditadas, vendo a luta para recuperar a voz sem resultados. Foram dez anos de sofrimento.Seu pai resolver morar no Assentamento Nova Vida, com toda a família. Foi aí que começou a participar de sua primeira “Mais Bela Voz,” no ano de 2001 no referido assentamento.

Foi classificado para cantar em Upanema, e foi dispensado logo no ensaio. Por condições financeiras não favoráveis, resolveu morar na cidade de Mossoró. Participou da “Mais Bela Voz” do Alto de São Manoel e foi desclassificado por não ter uma boa voz.

Voltou a fazer exercício na voz em casa e para surpresa e alegria de todos a voz voltou ao normal e muito mais alta e bonita. Enquanto isso já tinha aprendido a tocar violão com a guitarra de madeira, e comprou o primeiro violão. Custo do meu trabalho de padeiro, logo em seguida, foi demitido da padaria por cantar na hora do trabalho. Mas não desistiu. Participou de mais uma “Mais Bela Voz” em Upanema no ano de 2005 e foi classificado para cantar em Mossoró na festa de Santa Luzia. Cheguei até a semi-final, mas foi desclassificado. Antes disso, já tinha composto várias músicas e começou a mostrar para as pessoas, que gostavam. A primeira música foi composta no ano de 2002, que é a Homenagem a Gonzagão. Depois de cinco anos morando em Mossoró, resolveu voltar para o Assentamento Nova Vida, onde até hoje reside. Ao chegar no assentamento, foi ser o cantor do Grupo Som Nordestino. Ficou lá 3 meses e saiu. Depois fuoi para mais um grupo em Caraúbas. Passei mais 3 meses e resolveu fazer carreira solo. Agora está o primeiro CD com todas as composições e arranjos seus. O trabalho está sendo muito bem aceito no mercado do forró.

“Não sou conhecido no Brasil ainda, mas sou bastante conhecido em Upanema e já me considero um bom músico, graças a Deus pai”, diz Marcelo.

Fonte: Jornal de Upanema