segunda-feira, 25 de dezembro de 2006

PROUNI - resultado


Foi divulgado na semana passada o resultado do Prouni, Programa Universidade para Todos, do Governo Federal. Resultado. Até o momento nenhum aluno upanemense foi classificado.
Qual o motivo desse baixo desempenho dos alunos de nossa cidade? Esta é uma questão de difícil resposta. Precisar-se-ia de uma análise profunda sobre o tema e mesmo assim, talvez ainda não chegássemos a uma conclusão satisfatória.
Eu como educador e aluno que ainda sou, acredito que o problema principal está nos alunos. Sei que está é uma questão polêmica, mas, é a minha opinião e vou tentar defendê-la:
Será que a culpa é do professor? Acho que não, pois, a maioria dos nossos professores são qualificados. Mesmo assim, grande parte dos alunos de Upanema, faz cursinho em Mossoró, então porque os mesmos não obtêm melhores resultados? Diria mais. A prefeitura de Upanema através da Secretaria Municipal de Educação oferece um cursinho gratuito aos sábados com professores de Mossoró e o mesmo é pouco freqüentado pelos alunos. O mesmo vale para o sistema de ensino. Hoje em dia, eles têm acesso ao chamado sistema tradicional, aos cursinhos e etc.
Eu acredito que está faltando um comprometimento maior dos alunos.
A família também tem muita culpa, pois, cada vez está acompanhando menos a vida educacional dos seus filhos.
Os alunos sabem que é importante estudar, que precisam estudar pra conseguir um bom emprego, os professores ensinam, avisam, aconselham e os alunos tomam consciência da importância de estudar, mas... Sei lá. Peço a ajuda do professor Xavier para emitir sua opinião sobre esse assunto.

2 comentários:

Entretendo & Sinformando disse...

Pense num assuntinho difícil e chato de se comentar! Mas vamos lá. Cada dia perco a fé na educação. Vamos aos culpados. Imaginemos um pai que dá tudo ou quase tudo ao filho e dele não cobra nada. Além disso, não estabelece normas rígidas para o bom funcionamento da casa. Imaginemos um pai que passa a mão na cabeça do filho quando este erra. Ou pior: diz que o filho não erra. Diz que reprovar seus atos é sinônimo de exclusão, de punição.
Acho que já deu pra captar minha mensagem. O pai da minha parábola é a sociedade inclusiva, tendo como cabeça o moderno sistema de ensino errado.
Digo que quando falo em culpa do horrível desempenho dos alunos nos exames, prefiro dizer que são eles mesmos os culpados. O sistema de ensino apenas apóia seus atos e fracassos. Para acabar de achanar (achatar), os benditos Parâmetros Curriculares Nacionais vieram dar asas aos alunos e colocá-los como centro da aula e o professor no canto da parede. Concordo que o centro é mesmo o aluno. Mas que ele não seja tão grande assim. Ele é importante, mas precisa ficar na posição dele: como aluno. O professor deve ser o mestre. Pode aprender com eles, mas não numa posição humilhante.
Hoje falamos, aconselhamos, argumentamos, imploramos, gritamos, berramos, mas eles não escutam. Todos estão surdos, dizia Roberto Carlos há muito tempo. Eles não ouvem porque não querem ouvir. “Esses moços, pobres moços, ah se soubessem o que eu sei. Saibam que deixam o céu por ser escuro e vão ao inferno à procura de luz,” compôs um dia Lupicínio Rodrigues.
Apesar de tudo isso, ainda há uma luz no fim do túnel. Aqui no ano passado passaram doze no vestibular da UERN. Ainda assim não deu pra eles verem que o cursinho deu um bom empurrão. Neste ano constatamos o esvaziamento das aulas. Parecem que não se emendam mesmo.
Quanto às famílias deles, a coisa é feia. A maioria delas apóia as atitudes dos filhos. Se os mesmos não lograrem êxitos, os paizinhos ou mãezinhas botam logo a cara ruim pra gente. Outros ficam intrigados com a gente de sangue a fogo como se tivéssemos cometidos um grande crime contra eles.
Sei que a seleção é uma coisa brutal. Mas isso é o mundo. É a lei da seleção natural e a sobrevivência dos mais aptos, pregada por Darwin. A escola tradicional ainda é a que tem dado certo para aprovação em exames seletivos. Observe aqui mesmo em Upanema. Os que passaram para a CEFET ou outros similares não é porque são bonitos, não. Todos eles freqüentaram Convesti ou cursos parecidos.
O negócio é todos, ou pelo menos 90% da escola impor seus conceitos. Aplicar uns 80% de escola tradicional e o resto aplicar nas novas teorias educativas. Se voltar a aplicarmos os métodos que dão certo: farda obrigatória; entrada e saída nos horários certos; cantar o hino nacional (com uma visão mais crítica) para mostrar ao aluno o respeito pelos valores cívicos e patrióticos; inspetor educado e com autoridade da direção, no corredor, a fim de colocar ordem naqueles que não a querem. São algumas das poucas atitudes que podemos tomar para vermos logo, logo os frutos florarem.
Quanto aos professores improdutivos... Ah! Um professor que não quer produzir, não se cria numa escola assim.

Silva Júnior disse...

Muito bem Xavier1 Sabia que vc tinha uma boa argumentação sobre o tema.