LEITOR: SEM PAIXÃO, COM A RAZÃO

A atitude tomada pelo vereador na data de hoje não é a primeira que ocorre dentro de uma casa legislativa. Por várias vezes já observamos na imprensa outros exemplos de parlamentares de outras casas legislativas que trocaram insultos por meio de agressões verbais e físicas no calor da emoção, mas que no final coloca-se o pingo nos “ís”. É bom ressaltar que não se pode querer punir (entenda-se cassar o mandato temporário ou definitivamente) um vereador eleito legitimamente pela vontade popular, só por que virou uma mesa de bolo e refrigerante. Não estou dizendo que a conduta do edil foi correta, por que não foi, mas o que tá feito não há como voltar atrás, e ao julgar as pessoas, o melhor senso de justiça tem que ser apurado e cuidadoso. Penso que deve-se apurar a responsabilidade de todos os possíveis envolvidos seja por sua conduta culposa ou dolosa.

É inevitável que vejamos o vereador que virou a mesa como único culpado, pois afinal foi ele que virou a mesa, e claramente pode-se comprovar isso por meio de testemunhas, fotos e vídeos de celulares de pessoas que estavam no local.

Entretanto, não podemos fechar os olhos para o fato de que aquele que concedeu a suposta autorização [qual espera-se que tenha sido documentada antecipadamente] para o uso de dependência da câmara municipal para o evento, não tomou os cuidados necessários, pois o objeto da comemoração ainda rendiam comentários e insatisfações pelo modo como foi conduzido o procedimento de aprovação do projeto de lei. Assim, independentemente de ter autorização documentada para uso das dependências, podemos encontrar a primeira falha que é a inobservância de cuidado por parte de quem autorizou algo que poderia ser em outro momento mais oportuno com as devidas pessoas convidadas.

Um segundo ponto a tratar é o seguinte: A proposta veio do poder executivo a quem cabia a iniciativa privativa do projeto de lei que concedeu a questionada gratificação, e logo após a ratificação da mesma pela maioria governista, essa retornou ao poder executivo para sua sanção, promulgação e publicação para surtir todos os efeitos legais. Assim entendo que merecedor maior do café da manhã seria o próprio prefeito e não os vereadores qual constou de participação secundária. E a pergunta que devemos fazer é, por que as auxiliares de enfermagem não fizeram o café da manhã na prefeitura? Resposta: Por uma razão muito simples, na prefeitura não existe diversidade de pensamentos ou não pode haver pois todos jogam no mesmo time. Assim, não posso ignorar o fato do edil ter acreditado veementemente que aquilo não fosse uma provocação contra o mesmo por sua opinião em plenário.

Resumindo todo o contexto aqui exposto, de forma alguma estou excluindo a responsabilidade do Vereador Valério que agiu impensadamente no romper do ímpeto ao fazer juízo subjetivo que aquilo seria uma provocação contra a sua pessoa, bem como da mesma forma que outras pessoas acreditam [também fazendo um juízo subjetivo] que na verdade não foi essa a intenção pensada pelo edil e sim um gesto de gratidão pela conquista alcançada. Mas, se deve apurar culpados deve-se buscar os donos das condutas culposas e dolosas que levou a todo um fato não muito comum para a realidade de Upanema, mas que além de um pedido formal de desculpas da câmara a categoria de servidores pelo o ocorrido, não enseja uma punição maior ao meu ver, que uma censura verbal ou escrita ao edil mais visado nesse imbróglio todo, pois como disse, seria desproporcional e irrazoável por exemplo pedir a cassação do mandato ou afastamento temporário daquele que foi eleito legitimamente pela vontade popular, tudo isso por que deixou seus nervos tomar de conta de sua cabeça temporariamente, levando ao fato de ter que virar mesa para se fazer ouvir.

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