Jornal
de Upanema - Qual foi à comitiva de Upanema que participou da Jornada Mundial
da Juventude - JMJ?
Padre
Francinaldo – De início, gostaria de agradecer por essa
oportunidade de partilhar com vocês esta imensa alegria que foi participar da
28ª JMJ no Brasil. De Upanema fomos 8 pessoas: A Luciana
que já havia participado da JMJ em Madri, na Espanha, Ceição e Suéli Oliveira, Maria
das Graças (Gracinha), Teresinha, Silvanete, Kalianne e este que vos fala, Pe.
Francinaldo Macário. Aqui abro uns parentes, poderíamos ser um grupo bem maior.
J.U.
- Como foi essa experiência em participar da JMJ?
Padre
Francinaldo – Um momento único. Todas as minhas expectativas
foram superadas em relação à JMJ RIO 2013. Como disse o Santo Padre, Papa Francisco,
a Igreja precisa do entusiasmo, da alegria e da criatividade do Jovem, e tudo
isso encontrei lá, principalmente uma juventude comprometida com aquele momento
em que estava vivendo, uma juventude que sabia gritar, mais sabia calar nos
momentos certos pra ouvir, não apenas a voz do Papa, e principalmente, a
Palavra de Cristo anunciada por Ele. Uma juventude que entendeu bem aquilo que
mais marcou nas falas do Papa Francisco, além é claro de não ter medo de Evangelizar,
criar uma “cultura do encontro”, um novo pentecostes, jovens de tantas nações,
tantas línguas falando a linguagem universal do amor e do acolhimento.
J.U.
- Como evangelizar melhor os jovens?
Padre
Francinaldo – Primeiro passo, agir como Jesus: “escutar”,
segundo passo, falar de Jesus pra eles, terceiro, convidá-los a serem também
discípulos de Jesus, por último enviá-los em Missão. Nós nos alegramos com um
bom número de jovens que participam de nossas Igrejas, mas não podemos esquecer
que existem ainda um grupo muito maior nas praças e clubes
precisando encontrar um sentido para suas vidas, precisando encontrar um
caminho
que leve ao
Pai.
J.U.
- Qual o momento foi o mais emocionante?
Padre
Francinaldo - Confesso que todos os atos centrais foram eles de
grande emoção, mais não me contive em dois momentos em que estive bem mais
próximo do Santo Padre o Papa Francisco, No encontro com os Bispos, padres, diáconos,
religiosos na Catedral no sábado pela manhã e na Missa de envio no domingo pela
manhã.
J.U. - Pela TV ficou claro o carisma do Papa
Francisco. Como foi o contato pessoal com ele?
Padre
Francinaldo – O momento mais próximo com ele, foi no encontro
que tivemos no sábado pela manhã na Catedral, sei que por ele, se pudesse, como
ele mesmo, disse falaria em individual com cada um de nós, mas entendemos à
necessidade da sua segurança pessoal. O que você viu na TV, constatamos pessoalmente,
ele fala com o coração, fala com seu interior, fala o que sente e o que, tenho
certeza, gostaria que fosse praticado por todos nós cristãos!
J.U.
- O que o senhor aprendeu na JMJ que pode nos ensinar?
Padre
Francinaldo – Primeiro temos que tirar de dentro de nós tudo
aquilo que nos impede de ir até o
outro, não podemos nos fechar ao outro. O próprio Cristo foi sempre quem tomou
a iniciativa de ir até aquele, aquela que Ele achava necessitado. O Papa
Francisco, afirmou que a evangelização é um dos caminhos para derrubar as
barreiras do egoísmo, da intolerância e do ódio" e incentivou os presentes
a "construírem um novo mundo”. "Queridos jovens, regressando as suas
casas, não tenham medo de ser generosos com Cristo, de testemunhar o seu
Evangelho. (...) Levar o Evangelho é levar a força de Deus para extirpar e
destruir o mal e a violência;
para devastar e derrubar as barreiras do egoísmo, da intolerância e do
ódio", afirmou Francisco. Não apenas a juventude católica, mais todos os
que são verdadeiramente cristãos, precisam construir um novo mundo. "A
experiência deste encontro não pode ficar trancafiada na vida de vocês ou no pequeno
grupo da paróquia, do movimento, da comunidade de vocês. Seria como cortar o
oxigênio a uma chama que arde. A fé é uma chama que se faz tanto mais viva
quanto mais é partilhada, transmitida, para que todos possam conhecer, amar e professar
que Jesus Cristo é o Senhor da vida e da história", pediu o papa. Vi em
alguns momentos intolerância e alguns protestos contra durante a JMJ, no
entanto aprendi com a juventude que esteve presente àquele evento, que o mínimo
que devemos ter para criar uma cultura do encontro, é respeitar o outro em suas
diversas dimensões, sejam elas políticas ou
principalmente religiosa. Por fim, queremos continuar a fazer o que entendemos,
já estamos fazendo e como pediu o santo Padre: “Continuem acompanhando os
jovens com generosidade e alegria, ajudem-lhes a se comprometer ativamente na
Igreja; que eles nunca se sintam sozinhos".
Nenhum comentário:
Postar um comentário