Mateus 6:24 - Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.
Após ler as recentes polêmicas envolvendo o posicionamento político do ex-prefeito Jorge Luiz me veio à mente esse versículo bíblico.
Por um lado fica evidente que Jorge tenta agradar com suas palavras os defensores da candidatura de Luiz Jairo como por outro lado tenta agradar seu primo Manezinho e correligionários. Ao final, essa postura aparentemente dúbia coloca a credibilidade e aceitação do ex-prefeito em cheque pelos dois lados. Faço essa afirmação por recentemente ter conversado com pessoas dos dois grupos políticos que sonham com o apoio de Jorge e ambos estavam muito insatisfeitas com o posicionamento de Jorge.
Duvido muito que Jorge pense mesmo que seu posicionamento não é importante para a definição dos rumos da campanha eleitoral. É mais fácil acreditar que ele como grande estrategista político esteja vendo muito mais além do que conseguimos enxergar.
Aparentemente apenas a declaração de voto em Manezinho não vem surtindo os efeitos necessários. A oposição continua com discurso forte em cima do nome de Jorge.
Sendo assim algumas perguntas devem ser respondidas para que não pairem dúvidas sobre seu posicionamento: se Jorge vai votar em Manezinho o que o impede de pedir votos? Se vai votar por ele ser seu primo, por que ele não subirá no palanque? Será que sua agenda não permitirá um dia de folga para percorrer a cidade com Manezinho? A empresa da família ajudou financeiramente vários candidatos nas últimas eleições, por que não ajudaria seu primo?
Alguns afirmam que essas respostas só serão dadas após a confirmação da candidatura de Manezinho, mas são dúvidas como essa que devem ser respondidas para que os eleitores que seguem o direcionamento de Jorge como seu líder político tome sua decisão.
Particularmente ao ouvir da boca do próprio Manezinho que considera Jorge como um irmão, tenho certeza que ele irá no momento certo mostrar seu apoio e não medirá esforços para a eleição de seu primo.
Jorge ao longo de seus oito anos de governo conseguiu de forma extraordinária por em prática a máxima defendida por Maquiavel quando diz que “a melhor fortaleza que existe é não ser odiado pelo povo”. Ele conseguiu ser amado e pesquisas apontavam ao final do governo uma aprovação de 90%. Hoje ele deve tomar cuidado para que a tentativa de agradar aos dois grupos não se volte contra ele.
2 comentários:
Jorge é esperto, no tempo certo ele dará o bote. Ou outra linha de pensamento, quem ganhar ele quer ganhar nome, Luiz Jairo ou Manezinho ganhando essa eleição terá o dedo de Jorge sendo assim "inderrotável".
É assim que se faz jornalismo: com imparcialidade.
Postar um comentário