domingo, 13 de novembro de 2011

O que o governo deve fazer e o que tem feito pelo trabalho dos brasileiros‏


Trabalho é uma necessidade de todas as pessoas, seja trabalho com carteira assinada, seja como empreendedor, seja por conta própria, como aprendiz ou como quaisquer outras formas de trabalho remunerado, a atividade laboral remunerada é essencial para que um indivíduo possa viver condignamente por meio de suas próprias forças e meios. Por razões diversas, existem momentos em que se conseguir uma atividade remunerada é mais difícil do que em outros. Nos momentos em que existe escassez de oferta de trabalho, as pessoas que se encontram desempregadas ou aquelas que estão subempregadas e necessitam obter um emprego mais rentável são as que mais sofrem.

Como uma das principais obrigações do governo é fazer com que a população viva cada vez melhor, é preciso haver interferência governamental para amenizar ou evitar o desalento causado pelo desemprego nos brasileiros afetados por essa intempérie da vida. Na verdade, não é preciso o governo agir somente em tempos de crises, mas em todos os momentos, inclusive atualmente quando a economia tem mostrado certa aceleração com forte criação de postos de trabalho e aumento na remuneração. Somente em 2010 o valor total recebidos pelos trabalhadores brasileiros aumentou 7% e a remuneração média aumentou 3,3% em termos reais comprovando que o mercado de trabalho está vivendo um bom momento. Infelizmente, os números atuais indicam que o resultado final em 2011 será um pouco diferente, mas mesmo assim não será tão assustador.

Uma das ações que o governo está fazendo é no que diz respeito à remuneração do trabalho, mesmo que de certa forma, indiretamente. Com a política de valorização do salário mínimo, o governo está forçando os trabalhadores que recebem remuneração superior ao piso a terem aumentos suficientes altos que se aproximam dos aumentos obtidos pelos indivíduos detentores de remuneração de um salário mínimo. Isso é comprovado pelos aumentos obtidos nos últimos anos tanto do piso salarial quanto da média de salários no país. Por exemplo, em 2008, o aumento real do salário mínimo foi de 3,8% enquanto o aumento médio dos assalariados foi de 2,4%. Em 2009, esses aumentos foram, respectivamente, de 7,1% e 4%. Já em 2010, o salário mínimo aumentou em termos reais 6,2% e o aumento real médio dos salários dos brasileiros foi de 2,2%.

Serviços como o Seguro Desemprego e outros da mesma natureza são muito importantes para assistir as pessoas em momentos de debilidade financeira por conta da falta de emprego, mas é preciso fazer muito mais. O governo até que tem feito, programas de qualificação social e profissional, erradicação de trabalho infantil e escravos e tantos outros são até louváveis, entretanto, a magnitude desses programas é insignificante dada a demanda existente para tais. Além de recursos financeiros são necessários técnicos qualificados para executá-los com a máxima eficiência possível. Excluindo o Seguro Desemprego, que tem cobertura quase universal e que paga quase R$ 19 bilhões por ano aos desempregados, os outros programas atendem um percentual ínfimo da população que necessita de apoio para viver melhor e com mais dignidade.

Além de fazer tudo que foi mencionado acima, o governo tem que fazer com que a economia seja próspera na geração de emprego e renda para os brasileiros. Ele pode fazer isso, dando as condições necessárias para que o país tenha crescimento sustentado pelo maior período de tempo possível. Por mais que o governo crie condições para o trabalhador aprender, se qualificar, ter uma profissão com maior rendimento, se as atividades econômicas não forem suficientes para gerarem empregos, as pessoas continuarão desempregadas ou com baixa remuneração. O que o governo deve fazer com relação ao emprego dos brasileiros é atuar forte na qualificação dos trabalhadores fazendo isso diretamente e fiscalizando de forma eficiente as entidades privadas que o fazem, dando condições de sobrevivência aos desempregados utilizando-se dos programas existentes e elevando aqueles cuja demanda seja maior do que é oferecido pelo governo. Por último, deve criar condições propícias para a economia ter taxas de crescimentos suficientes à geração de emprego a taxas superiores ao crescimento da população.


Enviado por
Francisco Castro
Economista

Um comentário:

Anônimo disse...

quem é Francisco Castro?