NO JORNAL DE FATO

Audiência pública discute piso em Upanema

Audiência pública realizada ontem, na Câmara Municipal, discutiu a aplicação do piso nacional e a implantação do plano de carreira dos professores da rede municipal de ensino de Upanema, defendida pelo Sindicato dos Servidores.

Aldeirton Pereira, diretor da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), criticou a morosidade do município para tratar do piso. "A prefeitura diz que não tem como pagar o piso, mas o governo federal está disponibilizando recursos para fazer o complemento, desde que os municípios cumpram alguns requisitos", esclareceu.

O Controlador Geral de Upanema, Gilvandro Fernandes, voltou a dizer que a Prefeitura não tem recursos para pagar o piso e que a complementação do governo federal ainda não está disponível e os recursos não são suficientes. "O que Dilma está disponibilizando não dá para pagar um mês do piso em todo o país. Somente em Upanema o impacto será de R$ 148 mil por mês", criticou, referindo-se a R$ 1 bilhão anunciado pela presidenta para ajudar os estados e municípios no pagamento do piso.

Sobre os requisitos a serem cumpridos pela prefeitura para receber o complemento, Gilvandro reconheceu que o Município não tem gestão plena da educação e nem cumpre o plano de carreira dos professores. O prefeito Manezinho garantiu que a prefeitura quer pagar o piso, mas advertiu que não existem recursos suficientes.

O promotor público Flávio Sérgio ressaltou que o piso é lei e deve ser cumprido. Porém, ele ponderou que "é preciso buscar a melhor forma de aplicá-lo".

Outra reunião foi agenda para o dia 28.