quinta-feira, 26 de maio de 2011

LEITOR: JOSÉ JONAS

Só ouvir aquelas músicas que tocam perto do portal no final de semana já é desagradável (forró, predominantemente), imagine ouvi-las num volume alto numa disputa de paredões, é uma verdadeira tortura. Parabéns para quem fez a denúncia. Mas só que há uma coisa, quem fez a denúncia tem o direito de fazê-la? Tem. Por quê? Porque a liberdade do outro vai até onde não viola a do seu próximo, nesse caso, ouvir música num volume muito alto, violando o direito de outras pessoas de ter o mínimo de silêncio, para estudar, descansar etc. A pergunta que eu faço é seguinte: essa pessoa, ou qualquer outra, teria o direito de fazer essa denúncia no período de carnaval? Pois se temos uma época do ano que as pessoas sofrem mais com poluição sonora, esse é o carnaval. Se não temos, significa que durante todo ano há o direito de não sofrer com esse tipo violação, mas no carnaval perdemos esse direito. (Ora, ninguém tem o direito de agredir fisicamente outra pessoa, por exemplo, mas, segundo essa lógica, poderíamos ter um período no ano em que as pessoas poderiam fazer isso.) Mas se a resposta for sim, por que então é violado no carnaval? Será que se alguém denunciasse que o trio elétrico não está deixando o cidadão upanemense dormir, o trabalhador, o idoso, o doente, ou a dona de casa, por exemplo, será que providências seriam tomadas? O fato é que as autoridades têm ciência desse desrespeito, e, pior, a maioria das pessoas que se incomodam esse tipo de coisa já se acostumaram isso.
http://jjonasffilho.blogspot.com/2011/05/denuncia-na-rpc.html 

Nota do Upanema News: só discordo com relação ao tratamento preconceituoso contra o tipo de música (forró) como se existisse um padrão de música melhor, superior, a outro. O colega bem sabe que não existe cultura melhor que outra, logo, meu tipo de música não é melhor nem pior que o seu, apenas diferente. 
Agradeço a participação.

8 comentários:

Anônimo disse...

Caro silva júnior, o amigo Jose Jonas tocou num assunto interessante a questão da falta de respeito de algumas pessoas que ligam seu som num volume que perturba praticamente todos os moradores das imediações da casa de show Portal do Sol e de outras partes da cidade. Mas tenho outra reclamação quanto a som, pois moro próximo da Assembléia de Deus e nos domingos pela manhã os responsáveis pelo som ligam muito alto o que perturba muito, começando a parti das 7:00 horas da manhã. Essas pessoas tinham que se tocar, pois nem todos querem escutar eles falando.

Profº Francisco Gondim disse...

Tem um certo tipo de ferró que é uma tortura psicológica, não simplesmente pelo seu ritmo, mas pelo conteúdo.


Isso é que é grave. Por exemplo eu ouvi um desses, nesta semana, quando viajava no ônibus dos universitários, que é uma verdadeira agressão à vida inteligente. O compositor (leia-se agressor) afirmava que a felicidade consiste em um copo de cachaça (sic.)

José Jonas disse...

Quando eu falei de forró não estava me referindo ao ritmo nordestino em si, mas as bandas de forró “modernas”. A questão aí não é o ritmo, mas as letras que muitas vezes, para não dizer na maioria delas, são carregadas de sentidos dúbios ou desvalorizam a figura da mulher. Sei que o forró não é pior que o rock, o samba, ou qualquer outro ritmo musical, pois dentro de todos esses gêneros existe tanto coisas boas como ruins, ai é questão de gosto, assim, o forró como gênero musical não deve nada. Desculpa ai se fui preconceituoso, não foi minha intenção.

Anônimo disse...

valeu Silva... é isso aí! e tem outra existe sim outro barulho pior que o carnaval e somos obrigado a aceitar que são os fogos no periodo de campanha política!

Anônimo disse...

Gente, a verdade é que moramos numa cidade que não nos oferece tantos lugares para distração (leia-se diversão). Não existe um barzinho com música ao vivo, ou uma programação diferenciada. O que resta? Ligar um som e juntar os amigos para "farrear". É a única alternativa que resta para muitas pessoas que passam a semana estudando ou trabalhando (ou mesmo fazendo nada), para se distrair. Sou acostumado a ir para Upanema, e o que se vê lá é que o pessoal é muito incomodado com os "paredões". Já vi a polícia se movimentando pra ORDENAR a desligada dos sons antes das 20h. Acho demais, sinceramente! E não é só por tocar forró, poderia estar tocando Chico Buarque que a opinião seria a mesma.
Opinião é opinião, enfim.

Anônimo disse...

Sobre a duvida levantada por José Jonas, no carnaval o direito de reivindicar silêncio não seria válido, uma vez que, entende-se, a festividade existe devido o agrado à maioria.

Nesse caso, pela lógica do direito, a coletividade tem mais direito ao pancadão do carnaval que a minoria ao silêncio da normalidade.

Anônimo disse...

Tem gente que compra som até pra quem não quer ouvir. pode?
Só lembrando que é papel da polícia e da justiça resolver a questão.Pois a população espera uma solução.

Leno Emanuel disse...

Como é que uma pessoa dessa mora lá no Poré(Poré mesmo!) vai discutir sobre som?! Acho que o barulho nem chega lá! Ah digo mais, disputa lá nunca na área do portal nunca vi!
E carnaval tem mais que ligar som mesmo, é a única época que quase todos estão de folga aqui na cidade e querem ''farrear''! '' Viva ao som automotivo!''