Só ouvir aquelas músicas que tocam perto do portal no final de semana já é desagradável (forró, predominantemente), imagine ouvi-las num volume alto numa disputa de paredões, é uma verdadeira tortura. Parabéns para quem fez a denúncia. Mas só que há uma coisa, quem fez a denúncia tem o direito de fazê-la? Tem. Por quê? Porque a liberdade do outro vai até onde não viola a do seu próximo, nesse caso, ouvir música num volume muito alto, violando o direito de outras pessoas de ter o mínimo de silêncio, para estudar, descansar etc. A pergunta que eu faço é seguinte: essa pessoa, ou qualquer outra, teria o direito de fazer essa denúncia no período de carnaval? Pois se temos uma época do ano que as pessoas sofrem mais com poluição sonora, esse é o carnaval. Se não temos, significa que durante todo ano há o direito de não sofrer com esse tipo violação, mas no carnaval perdemos esse direito. (Ora, ninguém tem o direito de agredir fisicamente outra pessoa, por exemplo, mas, segundo essa lógica, poderíamos ter um período no ano em que as pessoas poderiam fazer isso.) Mas se a resposta for sim, por que então é violado no carnaval? Será que se alguém denunciasse que o trio elétrico não está deixando o cidadão upanemense dormir, o trabalhador, o idoso, o doente, ou a dona de casa, por exemplo, será que providências seriam tomadas? O fato é que as autoridades têm ciência desse desrespeito, e, pior, a maioria das pessoas que se incomodam esse tipo de coisa já se acostumaram isso.
http://jjonasffilho.blogspot.com/2011/05/denuncia-na-rpc.html
http://jjonasffilho.blogspot.com/2011/05/denuncia-na-rpc.html
Nota do Upanema News: só discordo com relação ao tratamento preconceituoso contra o tipo de música (forró) como se existisse um padrão de música melhor, superior, a outro. O colega bem sabe que não existe cultura melhor que outra, logo, meu tipo de música não é melhor nem pior que o seu, apenas diferente.
Agradeço a participação.
8 comentários:
Caro silva júnior, o amigo Jose Jonas tocou num assunto interessante a questão da falta de respeito de algumas pessoas que ligam seu som num volume que perturba praticamente todos os moradores das imediações da casa de show Portal do Sol e de outras partes da cidade. Mas tenho outra reclamação quanto a som, pois moro próximo da Assembléia de Deus e nos domingos pela manhã os responsáveis pelo som ligam muito alto o que perturba muito, começando a parti das 7:00 horas da manhã. Essas pessoas tinham que se tocar, pois nem todos querem escutar eles falando.
Tem um certo tipo de ferró que é uma tortura psicológica, não simplesmente pelo seu ritmo, mas pelo conteúdo.
Isso é que é grave. Por exemplo eu ouvi um desses, nesta semana, quando viajava no ônibus dos universitários, que é uma verdadeira agressão à vida inteligente. O compositor (leia-se agressor) afirmava que a felicidade consiste em um copo de cachaça (sic.)
Quando eu falei de forró não estava me referindo ao ritmo nordestino em si, mas as bandas de forró “modernas”. A questão aí não é o ritmo, mas as letras que muitas vezes, para não dizer na maioria delas, são carregadas de sentidos dúbios ou desvalorizam a figura da mulher. Sei que o forró não é pior que o rock, o samba, ou qualquer outro ritmo musical, pois dentro de todos esses gêneros existe tanto coisas boas como ruins, ai é questão de gosto, assim, o forró como gênero musical não deve nada. Desculpa ai se fui preconceituoso, não foi minha intenção.
valeu Silva... é isso aí! e tem outra existe sim outro barulho pior que o carnaval e somos obrigado a aceitar que são os fogos no periodo de campanha política!
Gente, a verdade é que moramos numa cidade que não nos oferece tantos lugares para distração (leia-se diversão). Não existe um barzinho com música ao vivo, ou uma programação diferenciada. O que resta? Ligar um som e juntar os amigos para "farrear". É a única alternativa que resta para muitas pessoas que passam a semana estudando ou trabalhando (ou mesmo fazendo nada), para se distrair. Sou acostumado a ir para Upanema, e o que se vê lá é que o pessoal é muito incomodado com os "paredões". Já vi a polícia se movimentando pra ORDENAR a desligada dos sons antes das 20h. Acho demais, sinceramente! E não é só por tocar forró, poderia estar tocando Chico Buarque que a opinião seria a mesma.
Opinião é opinião, enfim.
Sobre a duvida levantada por José Jonas, no carnaval o direito de reivindicar silêncio não seria válido, uma vez que, entende-se, a festividade existe devido o agrado à maioria.
Nesse caso, pela lógica do direito, a coletividade tem mais direito ao pancadão do carnaval que a minoria ao silêncio da normalidade.
Tem gente que compra som até pra quem não quer ouvir. pode?
Só lembrando que é papel da polícia e da justiça resolver a questão.Pois a população espera uma solução.
Como é que uma pessoa dessa mora lá no Poré(Poré mesmo!) vai discutir sobre som?! Acho que o barulho nem chega lá! Ah digo mais, disputa lá nunca na área do portal nunca vi!
E carnaval tem mais que ligar som mesmo, é a única época que quase todos estão de folga aqui na cidade e querem ''farrear''! '' Viva ao som automotivo!''
Postar um comentário