sábado, 15 de janeiro de 2011

NO CORREIO DA TARDE

Servidores ameaçam nova greve geral nas instituições públicas da cidade
Publicado no Dia 14/01/2011
Fabiano Souza

A dificuldade em avançar nas negociações em torno do reajuste salarial junto à Prefeitura de Upanema, está fazendo com que os servidores municipais ameaçam iniciar uma greve por tempo indeterminado em todas as repartições municipais. De acordo com relato da diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Upanema (SINDSERPUP), a prefeita Maristela não tem demonstrado nenhuma disposição em abrir dialogo para tratar das reivindicações da categoria, fato que tem gerado insatisfação na cidade.

De acordo com Rosemary Sobral, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Upanema (SIMDSERPUP), além da falta de reajuste salarial, os servidores eles também reclamam também da falta de condições de trabalho em algumas áreas como a educação e limpeza da cidade e a falta de disposição por parte da prefeita para dialogar sobre o assunto.

Rosemary disse que um dos principais motivos para a mobilização dos servidores está relacionado ao reajuste dos salários, que estão defasados no município, já que quem recebe acima de um salário mínimo não recebe reajuste há mais de dois anos. "Há mais de dois anos estamos tentando sem sucesso uma audiência para tratar do reajuste. Além da falta de reajuste, nós não conseguimos sequer uma audiência com a prefeita para debater o assunto. A prefeitura sempre alega que não tem condições, mas acreditamos mesmo que é que falta vontade por parte da administração", disse a presidente do Sindserpup, que visitou a redação do CORREIO DA TARDE acompanhada dos diretores financeiros do sindicato, Ibamar Costa e Antônio Argemiro.

Os sindicalistas informaram ainda que os profissionais da área da Saúde estão sem receber as gratificações desde o mês de setembro de 2010. "Já tentamos audiência com a prefeita desde julho de 2010, quando foi suspenso o pagamento da produtividade de todos os servidores da saúde, mas nunca somos atendidos ou quando somos recebidos as negociações não avançam em nada.

Já enviamos ofícios, mas não adianta. Isso tem nos levado a cogitar a possibilidade de paralisação das atividades", disse a presidente do Sindicato, acrescentando que na manhã de ontem a questão chegou até o promotor Flávio Sergio Pontes, que garantiu abrir um inquérito para investigar o caso.

Ela disse ainda que sobre o Plano de Cargos, Carreira e Salários, o sindicato afirma que o projeto estava tramitando na Justiça, mas que foi firmado um acordo entre a categoria e a prefeitura de que o caso fosse arquivado e uma negociação entre as partes haveria informalmente, no entanto a Prefeitura não cumpriu a sua parte no acordo e o PCCS ainda não foi definido, mesmo já tendo sido sancionado pelos vereadores, já que a prefeita Maristela Freire decidiu pelo vetar o projeto. "Gostaríamos de avançar nessas negociações e garantir nossos direitos salariais, mas infelizmente a prefeita não quer colaborar, portanto se não houver qualquer entendimento faremos uma nova greve no município", assegurou a presidente.

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