A Operação da Polícia Federal que resultou nas prisões do superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT), Fernando Rocha, e do diretor-adjunto Gledson Maia, que é sobrinho do deputado federal João Maia (PR), levantou o debate a respeito da construção da BR-110, trecho Mossoró/Campo Grande, passando por Upanema.
O Dnit já concluiu a licitação e já assinou a ordem de serviço e o Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente (IDEMA) já liberou as licenças, porém a Construtora Delta, que ganhou a licitação, estranhamente ainda não começou. Nesta semana, Gledson Maia declarou que a população poderia ficar tranquila, pois a rodovia havia sido incluída no rol de obras do Governo Federal no Programa de Aceleração do Crescimento PAC2.
Entretanto, o prefeito Salomão Gurgel, de Janduís, deu uma declaração desanimadora. "A BR-110 foi mais uma enganação do senhor João Maia para ganhar votos, iludindo os oestanos. Não havia recursos no Ministério dos Transportes", declarou o prefeito. O trecho tem 79km e está orçada em R$ 84 milhões. É considerada fundamental para o desenvolvimento das cidades de Upanema, Campo Grande, Janduís e Messias Targino.
O vice-prefeito de Campo Grande, Caramuru Paiva, no entanto, disse que vai mobilizar as lideranças políticas das cidades de Messias Targino, Campo Grande, Upanema e também de Janduís para cobrar do Dnit, da Construtora Delta e demais autoridades em Brasília o início e a conclusão da obra. "Esta obra é considerada por todos fundamental e houve um compromisso de toda a bancada federal do Rio Grande do Norte", destaca Caramuru.
Fonte: Jornal De Fato