Recursos ainda não foram empenhados

BR-110
MAGNOS ALVES
Da Redação

No mercado de apostas existe um bolão que está bastante disputado e vai oferecer um excelente prêmio para quem acertá-lo: é o bolão para saber quando começam as obras da BR-110. Tem apostador que acredita que os serviços que vão asfaltar dois trechos da BR-110 começam ainda neste ano, enquanto que outros depositam "sua fé" no contrário, e dizem que a obra não começa mais no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Continuo dizendo que só acredito que isso (a obra) vai ser feito quando eu ver as máquinas passando", declarou o agricultor Manoel Matias, morado do sítio Chafariz.

Pelo cenário de momento, o bolão está pendendo para o lado dos apostadores desconfiados - como seu Manoel -, aqueles que continuam afirmando que a conclusão da BR-110 continua sendo um sonho. Existem pelo menos dois motivos para duvidar da obra: os recursos para serem aplicados na rodovia federal ainda não foram empenhados e o contrato com a empresa Delta ainda não foi assinado.

A superintendência estadual do Departamento Nacional de Infra-estrutura Terrestre (DNIT) confirmou as pendências e informou que não existe previsão para que os recursos sejam empenhados. "Isso está sendo visto em Brasília/DF", observou o servidor Manoel.

O Dnit garantiu que os recursos estão previstos no orçamento do Governo Federal, mas falta fazer o empenho, que representa a garantia que o dinheiro será liberado. "A previsão é que o empenho seja feito até o final do mês e a obra iniciada ainda neste ano", disse Manoel.

A reportagem não conseguiu falar com o superintendente estadual do Dnit, Fernando Rocha. O gestor operacional da Delta, Flávio Guedes, confirmou que não existe previsão para o início da obra. Porém, segundo Flávio, não é por conta da pendência de empenho ou assinatura de contrato - que ele afirmou desconhecer tal situação -, mas sim pela falta de licenças ambientais para instalação do canteiro de obras e de retirada de matérias das jazidas. Por enquanto, apenas a licença de operação foi liberada pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (Idema/RN). "Já temos o local para instalar o canteiro e catalogamos as jazidas, mas só podemos fazer alguma coisa com as licenças", argumentou Flávio.

Fonte: Jornal De Fato