Um sonho aguardado por milhares de pessoas de Mossoró a Campo Grande
MAGNOS ALVES
Da Redação
Um sonho de cerca de quatro décadas caminha para ser concretizado. Após muitas promessas e longa espera, a assinatura da ordem de serviço da obra de conclusão da BR-110 está programada para ser feita na próxima terça-feira, 10, no município de Campo Grande, conforme informou o superintendente-adjunto do Departamento Nacional de Infra-Estrutura Terrestre (DNIT), Gledson Maia. Pode ser o ponta-pé inicial para realização de sonho que começa em Mossoró, passa por Upanema e chega a Campo Grande, no mínimo.
MAGNOS ALVES
Da Redação
Um sonho de cerca de quatro décadas caminha para ser concretizado. Após muitas promessas e longa espera, a assinatura da ordem de serviço da obra de conclusão da BR-110 está programada para ser feita na próxima terça-feira, 10, no município de Campo Grande, conforme informou o superintendente-adjunto do Departamento Nacional de Infra-Estrutura Terrestre (DNIT), Gledson Maia. Pode ser o ponta-pé inicial para realização de sonho que começa em Mossoró, passa por Upanema e chega a Campo Grande, no mínimo.
Não se trata apenas de uma obra. "Essa é a obra. Ela vai promover uma revolução econômica nas cidades em que passa", apostou o vice-prefeito do município de Campo Grande, Francisco Caramuru.
A prefeita de Upanema, Maristela Freire, também pensa dessa forma. Ela disse que essa obra vai lhe dar força para lutar pela instalação de empresas em seu município. "Até hoje não conseguimos desenvolver Upanema porque as empresas alegam que não têm como escoar a produção", observou.
A conclusão da BR-110 não vai gerar apenas dividendos econômicos, mas também facilitar o acesso à saúde, educação e melhorar a segurança pública.
Pelo menos é isso o que espera o agricultor Gilvan Antônio Neto, 29, morador da localidade de Nova Esperança, na zona rural de Mossoró cortada pela rodovia federal.
Ele contou que as famílias que vivem do campo ao longo da BR-110 têm dificuldade para estudar e ter atendimento médico. "As pessoas daqui não podem adoecer à noite porque não têm transporte para levá-las até à cidade", relatou o agricultor.
Gilvan falou ainda da insegurança que cerca o homem do campo, que está desprotegido e é vítima comum de roubos de animais e assaltos. "Os bandidos se aproveitam da ausência da polícia para agirem e roubar nossos animais, quando não nos espancam", argumentou, acrescentando que a esperança é que "a colocação do asfalto na pista de barro traga a polícia para mais perto".
A insegurança ao longo da BR-110 está expulsando os agricultores da zona rural. Uma família que foi vítima dos ataques de bandidos e tiveram vários bens, como um veículo, roubados no ano passado decidiu abandonar sua residência. A reportagem esteve na casa onde morava a família e a encontrou completamente abandonada. "Eles ficaram com medo e foram embora para Mossoró porque quando a polícia chega aqui os bandidos já estão longe", informou o agricultor e "ex-vizinho" da família, Gilvan Antônio Filho.
A população espera por saúde, educação, segurança, enquanto que os gestores querem mesmo é desenvolvimento econômico. E estão confiantes que é isso que vai acontecer.
Caramuru citou, por exemplo, que o trajeto entre duas grandes capitais (Fortaleza/CE e Recife/PE) será feito pela BR-110. "Quem vier de Fortaleza vai pode ir para Recife sem a necessidade de passar por Natal e João Pessoa, movimentando a economia de nossas cidades", explicou.
Maristela também acredita no desenvolvimento econômico de Upanema e já comemora os resultados imediatos que a conclusão da rodovia irá trazer, como, por exemplo, a economia de combustíveis. "Posso dizer que a prefeitura vai gastar 50% a menos com combustíveis", salientou.
Ainda não se sabe quando serão aplicados os primeiros metros de asfalto na pista de barro, mas uma equipe da Delta Construções, responsável pela obra, já está em Mossoró observando a região para definir, por exemplo, como será feita a mobilização dos equipamentos. "O início da obra vai depender da liberação de licenças ambientais, que só podem ser solicitadas após a assinatura do contrato", declarou Flávio Guedes, gestor de operações da Delta.