ALDO CARVALHO EM POESIA

ACALANTO

Sempre que me encontro triste
Com gesto fatigante
Mãe Eugênia vem me dizendo
Palavras atenuantes.

Calma, meu menino
Nunca é hora de arrefecer
Sei que em certos momentos
Parece irmos morrer.
Mas que em outras ocasiões
Jogamos as mãos para o céu
Em gritos, risos e cenas
Viver até aquele momento
Bem que valeu a pena.

E continua no seu encanto
Como um hino que se inicia
No seu mistério imerge o tédio
Como a noite rompe o dia.

Quando me ligo numa música
Que me foge a alegria
Ela sente o que eu sinto
E sussurra com sabedoria.

(Texto produzido para o concurso “A mais bela música” – Rádio Rural de Mossoró. Homenagem a Antônia Eugênia da Costa (mãe) – Faculdade de Letras – UERN – 1982)

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