EMBRAPA no Rio Grande do Norte, quando?

Das 27 Unidades da Federação do Brasil apenas 02 não abrigam nenhuma estrutura da EMBRAPA: Espírito Santo e RIO GRANDE DO NORTE.
A Embrapa possui 42 Unidades em todo país, sendo 41 Centros de Pesquisa e 01 Unidade para Transferência das Tecnologias. Considerando os Escritórios de Extensão da Pesquisa, os Campos Experimentais, os Escritórios de Negócios e as Unidades de Produção de Semente, todos ligados aos centros de pesquisa ou unidade de transferência de tecnologia, são mais de 100 estruturas da Embrapa no Brasil e nenhuma dessas estruturas está no Rio Grande do Norte, por quê? Afinal temos uma considerável área agricultável, o estado foi um dos primeiros a praticar agricultura irrigada de exportação, possui grande potencial agrícola e água em abundância armazenada sobre o solo e no subsolo.
Pra contemplar ainda mais nossa indignação, em 2008 o Governo Federal definiu a criação de mais 03 Unidades, com recursos do PAC Embrapa, e novamente o Rio Grande do Norte ficou de fora, foram contemplados os estados do Maranhão, Mato Grosso e Tocantins.
Mas este assunto aqui no nosso estado é pouco comentado, não tenho visto pu ouvido nenhum movimento da sociedade civil, da imprensa e muito menos dos políticos norteriograndenses na defesa do nosso estado em relação a presença da Embrapa, uma das maiores empresas de pesquisa agropecuária com reconhecimento em todo o mundo.
Afinal qual a importância da Embrapa no contexto agropecuário brasileiro? Da forma como nossos políticos tem se comportado com relação a este assunto é como se não valorizassem a contribuição da empresa no desenvolvimento agropecuário do país. Mesmo sabendo que a pesquisa da Embrapa chega ao nosso estado através de parcerias e da transferência das tecnologias desenvolvidas, nunca será da mesma forma se pudesse contar com uma Unidade no nosso estado.
Embora sabendo das dificuldades que a empresa tem enfrentado em função da escassez de investimento, não podemos negar que na atual gestão do Governo Federal a Embrapa recebeu novos investimentos, abriu concurso público para contratação de novos funcionários e atualizou a faixa salarial da empresa, fortalecendo o atual quadro de funcionários e atraindo o interesse de novos profissionais. São mais de 10 mil profissionais entre funcionários efetivos e estagiários com grande capacidade tecnológica a serviço do nosso país e já extrapolando fronteiras, pois atualmente as tecnologias da Embrapa chegam a diversos outros países do mundo.
Sabemos que a decisão de criação de novos Centros de Pesquisa ou unidades de extensão está relacionada às características técnicas e produtivas dos estados e regiões e também as forças políticas e de negociação dos seus representantes. Tecnicamente nosso estado possui diversas atividades que justificam a pesquisa, seja na agricultura irrigada, criação de animais, apicultura, carcinocultura e agricultura familiar, porém é preciso que haja o interesse e a argumentação dos nossos representantes políticos para que essa luta possa se tornar viável e possível.
Mesmo sabendo do pouco alcance desta coluna e deste Jornal, fica aqui a mensagem para o Governo, Senadores, deputados, Prefeitos e Vereadores do nosso estado, a luta pelo Centro de Pesquisa da Embrapa no nosso Rio Grande do Norte precisa começar ou precisa ganhar notoriedade.
Fonte: coluna de José Wilson no Jornal de Upanema

Postar um comentário

Please Select Embedded Mode To Show The Comment System.*

Postagem Anterior Próxima Postagem

Formulário de contato