terça-feira, 24 de julho de 2007

Secretaria corta ponto de professores

O que os professores da rede estadual de ensino mais temiam aconteceu. A Secretaria Estadual de Educação mandou cortar o ponto de 1.580 docentes que estão em greve. No fim do mês, eles terão os dias parados descontados dos salários. A medida foi tomada na última sexta-feira e divulgada ontem. A categoria considera o corte uma medida autoritária e antidemocrática, mas não promete voltar às atividades e ameaça recorrer ao Ministério Público. Os professores realizam hoje uma assembléia para ratificar a continuidade do movimento.
O anúncio dos descontos dos professores em greve foi feito pela própria secretária estadual de Educação, Ana Cristina Cabral. “Eles não foram trabalhar, logo, não vão receber. A paralisação significa: eu não ou trabalhar porque não quero. A categoria agora terá de arcar com as conseqüências”, justificou a secretária. O Governo do Estado descontará no contracheque cada dia parado.
A medida foi tomada devido ao impasse gerado entre Governo e educadores. Nenhum ponto da pauta de reivindicação avançou. De um lado o Estado diz estar cumprindo o acordado com a categoria. Na outra ponta, os professores afirmam que a Secretaria Estadual de Educação teria se fechado ao diálogo, descumprido os prazos acordados e tomado medidas arbitrárias. No meio do entrave, os alunos, prejudicados pela falta de aulas.
Ontem, a maior parte das salas de aula das principais escolas de Natal estava vazia. Uma das poucas que resolveram não parar foi a escola estadual Winston Churchill, no Centro de Natal. Mas, quando a falta de professores não é o problema, a notícia da greve espanta os alunos. No turno noturno, o índice de presença é de apenas 60%. Nos demais, a freqüência é melhor, mas não atinge a normalidade.
Segundo versão da Secretaria de Educação, na capital, apenas metade das 124 escolas está totalmente parada. Em 30% delas, a paralisação é parcial e 20% está funcionando normalmente. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (Sinte/RN) contesta os números e confirmam que o índice de adesão à greve é de 87% em todo o RN. Para o Sinte, o número de professores contidos na lista de corte não representa a realidade dos profissionais que aderiram ao movimento. “Ela (a secretária) solicitou dos diretores os nomes daqueles que estavam em greve e não foi enviado o total dos que estão parados. Não é verdade que só tem 1.580 professores em greve”, argumentou uma das diretoras do Sinte, Fátima Cardoso.
Segundo ela, a medida é antipática à sociedade e só causa revolta à categoria, sem ajudar nas negociações. “Se não recebermos, não teremos obrigação de repor os dias paralisados”, disse a representante dos docentes. Fátima Cardoso disse ainda que, sem repor as aulas, o ano letivo não será cumprido, e, por isso, irá acionar o Ministério Público para que exija do Governo Wilma o compromisso com a educação. “Vamos fazer o papel inverso para poder garantir o ensino público no RN”, afirmou.
O movimento não deve enfraquecer. Os professores realizam uma nova assembléia hoje, a partir das 8h, no Winston Churchill, para ratificar a continuidade da greve. Eles analisam os pontos de reivindicações que o Governo diz já ter cumprido, além da decisão de corte nos salários. Dia 26, os grevistas voltam a fazer uma manifestação, no largo do Machadinho.
Fonte: Tribuna do Norte

3 comentários:

Anônimo disse...

Votem nela!!!!!!!!!!!!! Oh!! Governadora boa. Ei, aí foi o voto que vcs deram a ela. Esse voto foi bem pago. Agora é 40!!!!!! Dá-lhe Vilma!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Anônimo disse...

voto dez vezes se for preciso, estou muito satisfeita,com vilma tá desengavetando processos de aposentadorias quase todos os dias ,promoções vertical, horizontal, quinquenios, pecuniária, gratificações de títulos ,que a oito anos ñ se via, quer saber mais,acesse todos os dias: www.dei.rn.gov.br/dorn

Anônimo disse...

Vc anônimo ou é babão ou babona ou ganhou alguma coisa de Vilma.