quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

O capital das águas

Conversando com um grupo de pessoas que têm o hábito de cultivar a pescaria artesanal, como lazer, conhecedoras profundas dos principais reservatórios de água do RN, fico perplexo: há um profundo alheamento das autoridades quanto ao pleno aproveitamento dos recursos hídricos.
Em Umari, por exemplo, com cerca de 300 milhões de metros cúbidos de capacidade de armazenamento de água, município de Upanema, praticamente nada foi feito para aproveitar o manancial. Até o pescado, conta-me um interlocutor, tem caminhões frigoríficos vindos da Paraíba para “exportá-lo” para o vizinho Estado. Seria um furto? Ninguém soube explicar.
Entre o final da década passada e início dessa, o RN ganhou a conclusão da secular Santa Cruz, Umari e outros investimentos importantes na questão hídrica. Entretanto, com tanta água represada, milhares de pessoas continuam sem alimento e sem trabalho. Inexiste uma política de uso racional e sistemático de tamanho capital.
O que mais prospera na atualidade, é o discurso messiânico de distribuição de feiras, bolsa disso e daquilo. O homem, que deveria ter oportunidade de aprender a “pescar”, recebe o peixe pronto.
Em qualquer civilização mais séria, o semi-árido potiguar já teria sido domado, em face de tanta riqueza. Aqui, a água tem mais utilidade como objeto de propaganda do que na condição de fomento à existência exemplar do homem.
Fonte:Blog de Carlos Santos

Um comentário:

Unknown disse...

Eu rou contá uma istóra. Nos tempo que eu jogava bola, fumo jogá no Poré, ai Gilberto deu um chute, a bola pegô numa carreta que ia passanu pur trais, ai a bicha virô na hora. é verdade isso ai. e o povo que mente, vamu tirar tudin de Upanema.