
A movimentação no 8 de março é tradição na cidade de
Mossoró. A Marcha articula as militantes para irem às ruas. Mulheres de
Baraúna, Governador Dix-Sept Rosado, Tibau, Caraúbas, Carnaubais, São
Rafael, Apodi, Serra do Mel, Mossoró, Assu, São Miguel do Gostoso, entre
outros, trarão suas realidades locais aliadas à questões nacionais e
internacionais da luta feminista.
Na ocasião, as militantes ressaltarão três pontos que
estão na agenda feminista nacional e local: a prostituição nos grandes
eventos, no caso, copa do mundo; a agroecologia e a resistência contra o
projeto do DNOCS na Chapada do Apodi; e o plebiscito por uma
constituinte exclusiva e soberana do sistema político.
Sobre a questão da prostituição, as mulheres da
Marcha entendem o quanto é maléfica para as mulheres e para vida em
sociedade, considerando que não se trata de uma profissão, mas uma
situação de submissão e opressão que vitmiza cada vez mais mulheres,
sobretudo nos períodos de grandes eventos como a copa do mundo,
aumentando o número de tráfico de mulheres e exploração sexual infantil.
Este é o ano internacional da agricultura familiar, e
a agroecologia é uma pauta na qual as feministas estão muito empenhadas
em construir buscando uma maneira de viver e produzir sem agredir o
meio ambiente e as pessoas, considerando desde a reforma agrária e o não
uso de agrotóxico à economia solidária e igualdade para homens e
mulheres no campo e na cidade.
Até a primeira semana de setembro, quando ocorrerá a
votação da seguinte pergunta: “Você é a favor de uma constituinte
exclusiva e soberana sobre o sistema político?”, o plebiscito popular
estará sempre nas agendas dos movimentos sociais. Adriana Vieira,
militante da Marcha, reforça que: “Nós consideramos importante fazer o
debate em todos os espaços e sobre todas as questões na perspectiva
feminista para que possamos construir um sistema político igual para
homens e mulheres”
No dia internacional da mulher, as feministas deixam o
recado na voz de Samara Silva da MMM do P.A Maurício de Oliveira: “A
gente vai pras ruas no 8 de março pra comemorar nossas vitórias e
reclamar nossos direitos negados. É um momento pra nos unirmos e nos
fortalecermos para a nossa luta que é todo dia”.
O ato circulará pelo centro da cidade e se encerrá
também na praça do Pax, por volta das 10:30h, com batucada feminista,
intervenções poéticas e teatrais.