quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Em Mirandas caju desperdiçado vira renda

Segundo a SEDEC (Secretaria de Estado e Desenvolvimento Económico do RN) O Estado exportou no período de janeiro a novembro/2009 exportou 7,845 mil toneladas de castanha de caju, é um dos maiores produtores do Nordeste, depois do CE e PI. Apesar do interesse pela castanha, no RN a estimativa é que sejam produzidas por ano 441 mil toneladas de caju, dos quais 80% ou 352,8 mil, segundo a EMPARN (Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN) são desperdiçadas.

Nas comunidades rurais de Mirandas, Vila Paraibana e Galho do Angico em Upanema, para os agricultores familiares, o desperdício do caju, tem sido um fato comum, ano após ano. Dessa forma, esses agricultores se reuniram para produzir em unidades familiares, o doce de caju com objetivo de aproveitar a matéria-prima desperdiçada, o caju, nos seus próprios quintais. Os agricultores Nazário Fernandes e Maria de Fátima Alves lembram que a produção de doce de caju em Mirandas, começou com as famílias Canário e Miliano, o doce de seu Zé Miliano, como era conhecido nas feiras de Caraúbas fazia um grande sucesso e muitas pessoas levavam para várias cidades do nordeste e o sul do país, principalmente São Paulo.

Em Mirandas, os agricultores trabalham em unidades familiares, sempre com a esposa e filhos, do grupo de Mirandas, fazem parte os agricultores, Maria de Fátima e sua filha Cesilene, Sr. Nazário e Esposa Neusa, Sr. Francisco Augusto e esposa Maria José, Sr. Manuel Estevam e esposa Ana, Sr. Francisco de Assis e Maria Edvanete, Sr. Luis Pereira e Fátima Lima, Dionísio Pereira e esposa Men e Sr. Elivanilldo e esposa. Segundo esse grupo de agricultores, estima-se que em 2009, na comunidade de Mirandas, saiu mais de 30.000 Kg de doce de caju, gerando uma renda para a comunidade de cerca 100.000,00 R$/ano. Com essa renda muitos estão melhorando a qualidade de vida da sua família, como o agricultor Francisco de Assis que comprou um computador, já o Sr. Nazário o dinheiro do doce pagou as despesas de uma cirurgia inesperada, já a agricultora Cesilene mais segura, vai fazer uma poupança para enfrentar 2010.
Publicado na edição 68 do Jornal de Upanema

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