Os registros históricos dão conta de que a formação do povoado, que se transformou no município de Upanema, teve sua formação inicial a partir de 1867, sob a organização e incentivo do Padre Francisco Adelino Brito. Um dos primeiros nomes denominado ao povoado foi Curral de Várzea, uma referência aos currais que foram construídos para manejar os animais que eram criados nas margens do Rio. Desde então a criação de animais e a agricultura foram destaques produtivo e econômico deste povo e assim continua sendo, até hoje.
Para não trair a história, é importante lembrar que o município de Upanema foi criado através de um projeto de autoria do Deputado Estadual Antonio Rodrigues de Carvalho, que após aprovado, tornou-se a Lei Estadual nº 874, sancionada pelo Governo do Estado do Rio Grande do Norte, em 16 de setembro de 1953, quando o recém-criado município de Upanema registrava uma população de 5.189 habitantes.
Saímos de uma população inicial de 5.189 bravos habitantes para uma população atual de 13.334, de acordo com a projeção oficial do IBGE para o ano de 2009. É um crescimento total de 257% que dá uma média anual de 4,59%. O crescimento populacional upanemense sempre se deu de forma constante e regular, com exceção da década de 90, quando três fatores impulsionaram este crescimento. Primeiro, a inclusão oficial da população da comunidade de Mirandas no universo populacional upanemense. Segunda, a implantação de projetos de Reforma Agrária no município, que atraiu diversas famílias de cidades vizinhas para o nosso município e, por último, com menor impacto em termos de crescimento populacional por se tratar de um evento temporário, a construção da Barragem de Umari, que trouxe diversos moradores provisórios, sendo que um percentual considerável desses moradores fixou moradia aqui, mesmo após a conclusão da barragem.
56 anos após a emancipação, sob diferentes aspectos e ponto de vistas, não há dúvida, Upanema é um município viável. Suas instituições públicas municipais, com raras exceções, gozam de um bom momento com o respaldo da maioria da população. As entidades de classes têm avançado satisfatoriamente no processo de organização e de conquistas sociais e na abertura de debates importantes com a sociedade. O setor comercial e de serviço tem demonstrado capacidade de crescimento, muito embora perceba-se uma clara necessidade de melhoria em alguns aspectos. No setor produtivo, a produção de petróleo tem um marco importante no desenvolvimento econômico do município, principalmente com a renda de roialtyes aos cofres públicos municipal e estadual. Mesmo assim, considero que o setor produtivo é o de menor expressão e precisa claramente de uma proposta que o direcione e defina melhor a vocação e os potenciais locais. È exatamente no setor produtivo que se encontram a agricultura e a pecuária.
Ao longo dos 56 anos Upanema apresentou, no setor agropecuário, uma trajetória delineada pelas tendências de mercado da região e do estado, que sempre é imposta aos municípios que possuem características similares, ocorrendo isso, principalmente, quando estes municípios não se mobilizam por novas estratégias produtivas.
Para reforçar este ponto de vista, vejamos. O município foi criado em cima de bases de produção primário com destaque para a criação de animais, principalmente bovinos, e a produção de culturas de subsistência, como milho, feijão, batata e mandioca, fato que ocorreu com a maioria dos municípios brasileiros. Na década de 70, como a maioria dos municípios do interior do Nordeste, Upanema viveu o apogeu do algodão, monocultura de valor monetário que prevaleceu entre os grandes e pequenos agricultores até a década de 80, com a chagada da praga do bicudo (Anthonomus grandis, Boh) que devastou a atividade. Na década de 90 o município acompanhou, de forma tímida, a expansão da produção irrigada ocorrida na região Assu-Mossoró, através de um processo de pouca discussão e orientação, onde os irrigantes foram os principais patrocinadores dos investimentos de uma atividade que não rendeu bons frutos, pelo menos para uma maioria. Tivemos ainda a expansão da cajucultura, porém, sem grande impacto em função da pequena área plantada, da dificuldade de consolidação dos pomares e da falta de investimento no beneficiamento da castanha. Mais recente, a apicultura destinada ao mercado regional e as hortaliças destinadas ao mercado local, ganharam grande visibilidade. É claro que ao longo dos anos, os produtos agrícolas de subsistência, a produção pecuária e os seus subprodutos, como queijo e manteiga, sempre foram atividades desenvolvidas e importantes para os agricultores. Esse histórico é muito parecido para a maioria dos municípios desta região. Daí a afirmação que nós temos seguido tendências regionais e estaduais.
Reforço a visão de viabilidade que temos deste município, parabenizamos a população pela luta, vontade e garra de ver esta cidade cada vez melhor. Reconhecemos a dedicação das mais diferentes lideranças pelo empenho em favor do nosso povo, mas é preciso perceber a necessidade de uma proposta de produção que saia do convencional e busque novas perspectivas de crescimento e desenvolvimento.
Fonte: Jornal de Upanema
Para não trair a história, é importante lembrar que o município de Upanema foi criado através de um projeto de autoria do Deputado Estadual Antonio Rodrigues de Carvalho, que após aprovado, tornou-se a Lei Estadual nº 874, sancionada pelo Governo do Estado do Rio Grande do Norte, em 16 de setembro de 1953, quando o recém-criado município de Upanema registrava uma população de 5.189 habitantes.
Saímos de uma população inicial de 5.189 bravos habitantes para uma população atual de 13.334, de acordo com a projeção oficial do IBGE para o ano de 2009. É um crescimento total de 257% que dá uma média anual de 4,59%. O crescimento populacional upanemense sempre se deu de forma constante e regular, com exceção da década de 90, quando três fatores impulsionaram este crescimento. Primeiro, a inclusão oficial da população da comunidade de Mirandas no universo populacional upanemense. Segunda, a implantação de projetos de Reforma Agrária no município, que atraiu diversas famílias de cidades vizinhas para o nosso município e, por último, com menor impacto em termos de crescimento populacional por se tratar de um evento temporário, a construção da Barragem de Umari, que trouxe diversos moradores provisórios, sendo que um percentual considerável desses moradores fixou moradia aqui, mesmo após a conclusão da barragem.
56 anos após a emancipação, sob diferentes aspectos e ponto de vistas, não há dúvida, Upanema é um município viável. Suas instituições públicas municipais, com raras exceções, gozam de um bom momento com o respaldo da maioria da população. As entidades de classes têm avançado satisfatoriamente no processo de organização e de conquistas sociais e na abertura de debates importantes com a sociedade. O setor comercial e de serviço tem demonstrado capacidade de crescimento, muito embora perceba-se uma clara necessidade de melhoria em alguns aspectos. No setor produtivo, a produção de petróleo tem um marco importante no desenvolvimento econômico do município, principalmente com a renda de roialtyes aos cofres públicos municipal e estadual. Mesmo assim, considero que o setor produtivo é o de menor expressão e precisa claramente de uma proposta que o direcione e defina melhor a vocação e os potenciais locais. È exatamente no setor produtivo que se encontram a agricultura e a pecuária.
Ao longo dos 56 anos Upanema apresentou, no setor agropecuário, uma trajetória delineada pelas tendências de mercado da região e do estado, que sempre é imposta aos municípios que possuem características similares, ocorrendo isso, principalmente, quando estes municípios não se mobilizam por novas estratégias produtivas.
Para reforçar este ponto de vista, vejamos. O município foi criado em cima de bases de produção primário com destaque para a criação de animais, principalmente bovinos, e a produção de culturas de subsistência, como milho, feijão, batata e mandioca, fato que ocorreu com a maioria dos municípios brasileiros. Na década de 70, como a maioria dos municípios do interior do Nordeste, Upanema viveu o apogeu do algodão, monocultura de valor monetário que prevaleceu entre os grandes e pequenos agricultores até a década de 80, com a chagada da praga do bicudo (Anthonomus grandis, Boh) que devastou a atividade. Na década de 90 o município acompanhou, de forma tímida, a expansão da produção irrigada ocorrida na região Assu-Mossoró, através de um processo de pouca discussão e orientação, onde os irrigantes foram os principais patrocinadores dos investimentos de uma atividade que não rendeu bons frutos, pelo menos para uma maioria. Tivemos ainda a expansão da cajucultura, porém, sem grande impacto em função da pequena área plantada, da dificuldade de consolidação dos pomares e da falta de investimento no beneficiamento da castanha. Mais recente, a apicultura destinada ao mercado regional e as hortaliças destinadas ao mercado local, ganharam grande visibilidade. É claro que ao longo dos anos, os produtos agrícolas de subsistência, a produção pecuária e os seus subprodutos, como queijo e manteiga, sempre foram atividades desenvolvidas e importantes para os agricultores. Esse histórico é muito parecido para a maioria dos municípios desta região. Daí a afirmação que nós temos seguido tendências regionais e estaduais.
Reforço a visão de viabilidade que temos deste município, parabenizamos a população pela luta, vontade e garra de ver esta cidade cada vez melhor. Reconhecemos a dedicação das mais diferentes lideranças pelo empenho em favor do nosso povo, mas é preciso perceber a necessidade de uma proposta de produção que saia do convencional e busque novas perspectivas de crescimento e desenvolvimento.
Fonte: Jornal de Upanema